O risco para as empresas do Ibovespa após o 2T23, segundo o BofA
O risco de mais revisões negativas para as projeções de lucro das empresas do Ibovespa neste e no próximo ano aumentou após a temporada de balanços do segundo trimestre de 2023, disse o Bank of America (Bofa) nesta segunda-feira (21).
A proporção de erro nas projeções chegou a 0,8x, em linha com o trimestre anterior, impulsionado por varejistas com baixa demanda, desaceleração da inflação dos alimentos nos supermercados e resultados negativos de Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11), segundo o banco.
De acordo com os analistas David Beker e equipe, as empresas do Ibovespa tiveram uma queda de 40% no lucro líquido por ação, na maior contração desde o segundo trimestre de 2020, época da chegada da pandemia. A receita recuou 10% e o Ebitda caiu 28% de abril a junho deste ano.
Excluindo commodities, o lucro caiu 9%, mas a receita cresceu 3% e o Ebitda avançou 21%, de acordo com o banco, que considerou a base anual de comparação. “Este é o quinto trimestre consecutivo de contração do lucro por ação do Ibovespa ex-commodities”, disse.
Os analistas destacaram como positivos os resultados em seguros, TI, shoppings, mas disseram que os números foram mistos no setor bancário, em bens de capital e serviços públicos. Destaques negativos ficaram com os empresas de proteína animal e minério de ferro.
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