Brasil

Por que o BNDES pode vender ações de empresas da Bolsa, segundo Mercadante

25 fev 2025, 14:52 - atualizado em 25 fev 2025, 14:53
Mercadante
(Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, disse nesta terça-feira (25) que o banco poderá vender participações em empresas onde já investe para ingressar em novos segmentos da economia.

A carteira de participações do BNDES totalizou R$ 82 bilhões em 2024, com destaque para as posições do banco em Petrobras, JBS, Eletrobras e Copel.

Mercadante não revelou quais ativos o BNDES pretende vender nem o destino dos recursos, mas afirmou que a estratégia envolve a saída de “empresas consolidadas e maduras” para permitir novos investimentos.

Em 2024, as participações acionárias geraram mais de R$ 10 bilhões em receita para o banco, e, desde 2023, a carteira de participações valorizou-se em mais de R$ 19 bilhões, segundo a instituição.

“Isso é basicamente a valorização dos papéis das empresas na bolsa…antes havia uma pressão muito grande para se desfazer da carteira, mas acertamos em manter”, disse.

Perspectiva para 2025

O presidente do BNDES afirmou em entrevista a jornalistas que o banco pretende ampliar os desembolsos e as aprovações de crédito em 2025, com prioridade para concessões rodoviárias, o setor naval e as exportações.

De acordo com Mercadante, os financiamentos para rodovias podem alcançar R$ 30 bilhões, superando os R$ 23,5 bilhões registrados em 2024.

No ano passado, o BNDES desembolsou R$ 133,7 bilhões, um aumento de 17%, e aprovou R$ 212,6 bilhões em crédito, alta de 22%, com destaque para o crescimento da indústria acima do setor agropecuário.

Ele também mencionou a intenção de captar US$ 2 bilhões para fortalecer o funding do banco e ressaltou que a instituição repassou R$ 38,5 bilhões ao Tesouro Nacional, contribuindo para o ajuste fiscal do governo.

Resultados do BNDES

O BNDES registrou lucro de R$ 26,4 bilhões em 2024, um crescimento de 20,5% em relação a 2023, e aprovou um volume recorde de crédito e garantias, somando R$ 276,5 bilhões.

A carteira de crédito atingiu R$ 584,8 bilhões, a maior desde 2017, com inadimplência mínima de 0,001%.

Mercadante destacou o aumento expressivo no financiamento à indústria, que superou a agropecuária pela primeira vez desde 2017.

*Com informações da Reuters

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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