Mercados

O recado de Bill Ackman ao Brasil após queda do X; ‘caminho rápido para se tornar inviável para investimentos’

02 set 2024, 12:40 - atualizado em 02 set 2024, 15:02
(Imagem: Reuters/Richard Brian)

Bill Ackman, um dos principais gurus do mercado financeiro global e fundador da Pershing Square Capital, que administra US$ 16 bilhões, passou recado para o Brasil após o ministro do Supremo Tribunal Federal, o STF, Alexandre de Moraes, ter bloqueado o X na última sexta-feira (30).

O magistrado havia dado 24 horas para que o dono da plataforma, Elon Musk, designasse um novo representante legal no território nacional, o que não ocorreu.

Nesta segunda-feira, a maioria da Primeira Turma do STF confirmou a decisão do ministro.

Segundo Ackman, que, inclusive, ajudou Musk a financiar a compra do Twitter, o Brasil segue os passos da China para “se tornar um lugar inviável para investimentos”.

“A China cometeu atos semelhantes, levando à fuga de capitais e ao colapso nas avaliações. O mesmo acontecerá com o Brasil, a menos que eles recuem rapidamente desses atos ilegais”, disse.

O megainvestidor também citou o congelamento de contas na Starlink, provedora de internet de Musk. A empresa pediu ao STF para reconsiderar a decisão.

No recurso, a defesa questiona o fato de a empresa ter de ser responsável por cobrir o eventual pagamento de multas do X no país.

Moraes contabilizou ter conseguido bloquear cerca de 2 milhões de reais das contas do X no Brasil, montante que seria muito inferior aos valores atuais de multas que a rede social recebeu da corte por descumprir ordens judiciais.

Por isso, Moraes decidiu também buscar o bloqueio de bens de recursos da Starlink, com a justificativa que seria um único grupo econômico – o que a empresa de satélites questiona.

Lira diz que bloqueio de contas da Starlink preocupa

Outro que também expressou preocupações foi o presidente da Câmara, Arthur Lira. O deputado evitou neste sábado (31) entrar no mérito da decisão do ministro de Moraes.

O parlamentar expressou, porém, preocupação com as implicações para a segurança jurídica decorrentes do bloqueio das contas da Starlink, empresa que também pertence ao bilionário sul-africano Elon Musk.

“São pessoas jurídicas diferentes X e Starlink. São situações diferentes. Então, a preocupação não é minha, não. A preocupação é de muita gente que investe, de muitas pessoas que têm negócio no Brasil”, disse Lira em entrevista concedida a jornalistas após participação na Expert, evento da XP Investimentos.

Com informações da Reuters e Agência Estado

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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