Comprar ou vender?

O rali do minério de ferro está ameaçado? Vale volta a produzir e commodity cai forte

17 abr 2019, 10:11 - atualizado em 17 abr 2019, 10:11
Pelo segundo dia consecutivo, os contratos futuros do minério de ferro encerram a sessão desta quarta-feira com forte desvalorização

A tragédia de Brumadinho, que vitimou centenas de trabalhadores e cidadãos da cidade mineira no final de janeiro, foi também o início de uma série de eventos em cadeia que resultou em um rali de preços do minério de ferro. Impedida por medidas judiciais, a maior mineradora e exportadora do produto no mundo se viu impedida de produzir em algumas minas e até de embarcar a commodity para a China. O resultado foi uma forte alta nos preços.

Agora, a Vale (VALE3) tem retomado a produção e o efeito desta nova oferta também se refletiu no mercado.

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Pelo segundo dia consecutivo, os contratos futuros do minério de ferro encerram a sessão desta quarta-feira com forte desvalorização na bolsa de mercadorias de Dalian, na China. O ativo com o maior volume de negócios, com data de vencimento em setembro, caiu 3,87% para 621,00 iuanes por tonelada, o que representa uma variação diária de 25 iuanes. Isso tudo a despeito de um resultado acima do esperado para o crescimento do PIB chinês no primeiro trimestre de 2019.

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Na terça-feira à noite, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais suspendeu parcialmente a decisão liminar movida pelo Ministério Público do Estado quanto à determinação de interrupção imediata de qualquer atividade que importasse elevação/incremento de risco de rompimento das estruturas de contenção de rejeitos situadas no Município de São Gonçalo do Rio Abaixo, onde está localizada a mina de Brucutu, a maior da empresa em Minas Gerais. A capacidade anual é de 30 milhões de toneladas. A unidade estava fechada desde o início de fevereiro.

Com isso, a Vale reafirmou, em uma nota, a sua meta de vendas de minério de ferro e pelotas de 307 a 332 milhões de toneladas para o ano de 2019.

Segundo BTG Pactual, o movimento do mercado futuro do minério de ferro é especulativo e não é suficiente para alterar a tese de alta nos preços.

“A demanda é sólida na China e o mercado transoceânico está caminhando para um déficit de 40 a 50 milhões de toneladas em 2019, que esperamos continuar a suportar os preços do minério de ferro em torno de US$ 80 a US$ 100 a tonelada. A realidade é que ninguém na indústria está em posição de responder rapidamente e compensar a escassez, o que acreditamos ser um fato altista para o mercado”, explicam os analistas Leonardo Correa Caio Greiner.

A recomendação é de compra das ações da Vale.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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