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O rali de Weg (WEGE3) ainda não acabou e Itaú BBA dá três motivos para a continuidade da alta das ações

12 jul 2024, 13:11 - atualizado em 12 jul 2024, 13:11
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Weg é uma das companhias que pode se beneficiar com a queda de cerca de 10% do real ante o dólar. (Imagem: Weg/Divulgação)

Mesmo com a alta de mais de 24% desde janeiro contra queda de 4% do Ibovespa (IBOV), o Itaú BBA ainda vê espaço para o rali das ações da Weg (WEGE3) continuar. 

O banco mantém a recomendação de compra com preço-alvo e R$ 52, o que representa uma potencial valorização de 15,6% em relação ao preço do fechamento da véspera (11). 

Nesta sexta-feira (12), WEGE3 opera em alta de mais de 1%. Confira o desempenho dos papéis:



A visão positiva do Itaú BBA sobre a ação queridinha dos investidores é baseada em três fatores: uma inflexão positiva nas expectativas de crescimento, lucratividade e custo de capital. 

“Isso, juntamente com uma reclassificação da indústria graças à inteligência artificial (IA) e sua crescente demanda por consumo de energia, deve continuar a dar suporte ao rali da WEG”, diz o relatório.

Além disso, a Weg é uma das companhias que pode se beneficiar com a queda de cerca de 10% do real ante o dólar — o que deve refletir como uma vantagem nas receitas e nas margens. 

Dado o perfil exportador da empresa, “a ação possui correlação de 0,9 com o câmbio, proporcionando um bom hedge da carteira contra a desvalorização do real”, escreve o analista Daniel Gasparete, que assina o relatório. 

Segundo o Itaú BBA, a WEGE3 é negociada com um desconto de 12% em relação ao múltiplo histórico de preço/lucro (P/L), além de estar 50% abaixo do seu prêmio histórico em relação aos seus pares internacionais — os pares subiram 49% desde janeiro versus apenas 24% para a Weg. 

Por fim, o banco projeta uma taxa interna de retorno (TIR) nominal de 18% nos próximos dois anos. 

“Tudo combinado, continuamos otimistas com as ações”, diz o analista. 

De olho nos resultados do 2T24

A visão positiva do Itaú BBA também leva em consideração a expectativa para os números do segundo trimestre. 

O banco prevê uma revisão para cima nas expectativas de margem de consenso, uma vez que as margens da Weg no primeiro trimestre surpreenderam positivamente, indicando que não estão ocorrendo ajustes de rentabilidade. 

Por outro lado, os resultados devem mostrar uma ligeira contração em relação ao nível de 22% observado nos primeiros três meses deste ano, principalmente devido à consolidação da Regal Rexnord — com a estimativa de 22% excluindo Regal.  

Além disso, o recente aumento nos preços das commodities — cobre e alumínio — deixa pouco espaço para os clientes solicitarem preços mais baixos, uma tendência apoiada por declarações recentes da concorrente ABB, afirma o analista Daniel Gasparete. 

A Weg deve divulgar o balanço do segundo trimestre em 31 de julho

Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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