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O que você deve considerar antes de voltar a trabalhar presencialmente

26 jun 2022, 10:00 - atualizado em 24 jun 2022, 11:33
Trabalho remoto
Catho define trabalho remoto como modelo para a empresa e abre vagas (Imagem: Peter Olexa/Unsplash)

Para muitas pessoas no mundo todo, é o momento de voltar a trabalhar presencialmente, nos escritórios. Em algumas empresas, o trabalho presencial voltou a ser mandatório, enquanto, em outras, a decisão fica por conta do funcionário.

Mas decidir se é hora ou não de voltar para o escritório pode ser bastante complicado. A chave, segundo a FastCompany, é o equilíbrio e encontrar a combinação certa de tempo no escritório e tempo em casa.

Saiba o que deve ser considerado na hora de voltar a trabalhar presencial, segundo a FastCompany:

Tipo de trabalho

Em primeiro lugar, o funcionário deve considerar o ambiente no qual está inserido quando trabalha em sua casa todos os dias.

Ao ficar sozinho diariamente, tendo seus colegas de trabalho apenas virtualmente, é possível que o colaborador se sinta menos estimulado a criar, idealizar ou pensar de maneiras inesperadas — como cita a FastCompany, “quando o ambiente em que você trabalha é o mesmo todos os dias, a previsibilidade pode atrapalhar a inspiração”.

Pesquisas feitas pela Universidade de Maastricht e da Universidade Erasmus descobriram, por exemplo, que, quando você está realizando tarefas rotineiras, trabalhar sozinho em casa pode ser bom.

Mas a situação muda quando o seu trabalho é mais complexo, ou você está sofrendo com mais pressão, ou precisa ter uma velocidade maior para desempenhar determinada tarefa. Nesse caso, é melhor trabalhar em conjunto com outras pessoas — e pessoalmente.

Considere ir ao escritório quando você sentir que seu corpo e a sua mente precisam de um novo ambiente para dar aquela renovada na produtividade.

Motivação

Trabalhar em casa, ao mesmo tempo em que traz benefícios como não pegar trânsito, também traz diversas distrações que o funcionário pode não ter no escritório — como aquela necessidade de maratonar a primeira parte da quarta temporada de Stranger Things na Netflix, por exemplo, ou até mesmo cochilar no horário do almoço.

Para algumas pessoas, isso pode afetar a motivação e a vontade de trabalhar. Nesse caso, se você é facilmente distraído, é melhor ir para o escritório de vez em quando.

Segundo a Fast Company, uma pesquisa no Journal of Labor Economics descobriu que, quando os indivíduos tiveram melhor desempenho, as equipes em geral também tiveram melhor desempenho — os colegas de equipe tiveram uma forte influência na produtividade uns dos outros.

“Esse é o poder do contágio emocional — o fenômeno no qual as pessoas são inspiradas pela energia da multidão e por estarem perto de outras que estão trabalhando duro e tendo um bom desempenho”, explica o site norte-americano.

Fase de carreira

Outro fator a ser considerado é a fase em que o indivíduo está em sua carreira.

Para quem está no começo, trabalhar presencialmente pode ser bom para construir uma rede maior de contatos e fortalecer relações com as pessoas (chefes e colegas de trabalho).

“A melhor maneira de construir relacionamentos e conhecer pessoas é através do contato face a face. É claro que o virtual também funciona, mas quando você está no escritório, pode encontrar o colega que normalmente não veria ou tomar um café com um mentor executivo mais casualmente. Além disso, você se beneficiará do efeito de familiaridade em que as pessoas tendem a manter em mente aqueles que veem e com quem interagem com mais frequência. Portanto, vá para o escritório quando quiser se conectar com as pessoas e aprender com aquelas que você não vê com tanta naturalidade no seu trabalho diário e quando quiser ser mais visível”, afirma a FastCompany.

Bem-estar pessoal

É preciso levar em conta, também, seu bem-estar pessoal. Algumas pessoas se sentem bem trabalhando em casa, sozinhas, mas outras podem ter a saúde mental bastante afetada após longos períodos de isolamento.

Um estudo da Oracle e da Workplace Intelligence aponta que pessoas disseram estar lutando com a saúde mental, gerenciando os limites da vida profissional, a tomada de decisões, o estresse, o esgotamento, a solidão e a produtividade.

Trabalhar em casa não é a única coisa que impulsiona essas estatísticas, mas contribui bastante, de acordo com a pesquisa. Às vezes, sair de casa é o empurrãozinho necessário para melhorar alguns desses sintomas.

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