O que vai acontecer com os criptoativos na próxima década?
No artigo mais recente do projeto Nakamoto, Brian Armstrong, cofundador e CEO da Coinbase, fala sua opinião sobre como será a indústria de criptoativos na próxima década.
A lista é bem extensa, mas as principais previsões são:
1. Assim como a banda larga substituiu os modens de 56 kbps, uma solução escalável de blockchain (de primeira ou segunda camada) vão surgir para oferecer suporte à nova classe de aplicações de criptoativos, que irá atrair cerca de um bilhão de usuários até 2030.
2. Uma das principais redes vai integrar uma solução de privacidade, substituindo o processo de conclusão de transações vigente, assim como o protocolo HTTPS substituiu HTTP na navegação e comunicação pela internet.
3. A próxima rodada de startups de criptoativos bem-sucedidas irão direcionar casos de uso especulativos e não negociáveis, uma tendência que, de acordo com Armstrong, já está começando a nascer.
4. Descentralização irá crescer, conforme carteiras não custodiais, dapps e até mesmo corretoras descentralizadas (DEXs) melhorarem a usabilidade. Mas on-ramps de cripto irão permanecer centralizadas, imitando um “modelo de serviços financeiros tradicional”.
Não é surpresa para ninguém que o CEO da maior corretora dos EUA acredita que DEXs vão falhar em substituir as on-ramps centralizadas.
Em contraste à previsão de Armstrong, empresas como a Wyre estão apresentando soluções on-ramp menos dependentes de confiança para plataformas de negociação descentralizadas.
Apesar do progresso, há educação significativa para clientes e obstáculos na experiência de usuário (e talvez alguns desafios regulatórios) a serem superados antes de soluções como corretoras descentralizadas de fiduciárias para cripto poderem substituir suas contrapartes custodiais.
A previsão de privacidade de Armstrong parece estar alinhada com desenvolvimentos recentes: blockchains com foco em privacidade estão enfrentando escrutínio regulatório (conforme demonstrado pelas deslistagens das corretoras).
Ao mesmo tempo, outras iniciativas de privacidade construídas em grandes redes (como a tecnologia de prova de conhecimento zero, ZKP, da Ernst & Young na Ethereum ou as Assinaturas de Schnorr no Bitcoin) estão ganhando força.
Essa tendência pode continuar conforme projetos principais e a tecnologia costumam se aproximar de redes com muitos usuários.