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O que se discutiu do agro: do leite ao lúpulo, do fertilizante ao feijão, mais o autocontrole empresarial

13 dez 2022, 15:46 - atualizado em 13 dez 2022, 15:47
Cripto Beer Cerveja
Como e os motivos para se produzir lúpulo, um dos destaques através do Mapa (Imagem: Freepik/jcomp)

Situação do leite no Sul, questões associadas ao autocontrole da agroindústria, melhoria do poder de compra de fertilizantes.

Até como produzir lúpulo, entre essas e outras.

A geração de informação para o agronegócio atende cotidianamente um vasto leque de interesses dos agentes produtivos, do grande setor ao pequeno.

Eis algumas desta terça (13).

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Exportação de leite esbarra no custo

Os catarinenses, emparelhados aos gaúchos e paranaenses, querem criar um corredor de exportação para o leite da região Sul, que domina 40% da produção brasileira.

Através da Aliança Láctea Sul Brasileira, os produtores entendem que com a tecnologia empregada e condições climáticas mais favoráveis que os grandes exportadores mundiais, o salto para o exterior é condição natural.

Precisaria, no entanto, se produzir com menor custo, para a busca da competitividade que os concorrentes globais possuem.

Feijão preto mais caro

O feijão preto está com colheita atrasada no Paraná, maior produtor nacional.

Um dos reflexos é o salto dos preços. Só no Rio Grande do Sul, de R$ 180 a saca há sete dia, saltou para R$ 250, em alguns registros.

A colheita tinha início em novembro. Na safra atual, a projeção marca os primeiros trabalhos de campo após 15 de janeiro.

A seca atrasou o plantio, que atrasará a retirada das vagens das lavouras para beneficiamento.

Fertilizante pressionou menos

O câmbio não foi favorável às importações em novembro, mas não impactou os preços finais dos fertilizantes.

O dólar cresceu 0,75%, mas commodities tiveram alta médias de 2%, com destaque para o açúcar, que subiu 4%.

Soja e milho ficaram estáveis.

Essa é a justificativa que a Mosaic viu para mostrar que o Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) melhorou no mês passado na relação de troca para o produtor.

O IPCF ficou em 1,1, o que é um cenário favorável.

Lúpulo made in Brasil

O Ministério da Agricultura (Mapa) quer ver mais lúpulo brasileiro na cerveja.

E lançou o livro “Lúpulo no Brasil, Perspectivas e Realidades”.

Além dos dados de produção – 12,3 mil toneladas, para um consumo que só se satisfaz com importação – a publicação também auxilia no aprendizado da produção, com base em conhecimento passado pela Agrolúpulo.

O Rio de Janeiro desponta neste pequeno setor da fruta, embora fazendo parte da imensa cadeia cervejeira, que cresce exponencialmente através das marcas independentes e cervejarias artesanais.

Teresópolis é a Capital do Lúpulo, com uma produção de mudas da planta de mais de 26 mil unidades em 2021.

Autocontrole dará pano pra manga

O governo e aliados do Congresso querem que a agroindústria adote o autocontrole de riscos sanitários, por exemplo.

Alegam que não é exatamente supressão das exigências e nem da fiscalização.

Os fiscais federais (Anfa) dizem o contrário, perderá o monitoramento das exigências da legislação.

O setor produtivo é amplamente favorável à aprovação, que, afirmam, está em linha com o que os principais países produtores adotam.

A isso, os partidos de esquerda mostram a diferença de realidades e o grau de responsabilização, mais ainda a execução dos instrumentos penais, que os concorrentes brasileiros possuem e o Brasil não.

O Senado começou a discutir o tema na segunda.