Economia

“O que a reforma da Previdência faz é proteger os pobres”, diz Temer em evento da IstoÉ

06 dez 2017, 8:38 - atualizado em 06 dez 2017, 8:38

O presidente Michel Temer e o ministro da Fazenda Henrique Meirelles defenderam a necessidade da aprovação da reforma da Previdência durante o Prêmio Brasileiros do Ano 2017, da Revista Istoé. Meirelles recebeu das mãos do presidente o prêmio na categoria Economia. O maior prêmio da noite, de Brasileiro do Ano, foi entregue ao juiz federal Sérgio Moro.

Temer disse que, em seu governo, a inflação e os juros caíram e algumas reformas foram aprovadas, mas destacou a importância da reforma da Previdência, no momento em que não teria os votos necessários para sua aprovação. “A reforma da Previdência, na verdade, visa precisamente a combater os privilégios. Porque, na verdade, o que a reforma da Previdência faz é proteger os pobres que, na verdade, pagam pelos que ganham muito no serviço público. A ideia da igualdade é a força motriz da reforma da Previdência”, defendeu o presidente.

Em seu discurso, Meirelles mostrou-se otimista em relação à economia do país e disse que o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 3% no próximo ano. “Nós tivemos uma recessão ao redor de 8% de contração de produto. Enquanto, no momento, a confiança na economia cresce em todos os setores. O PIB, que em maio do ano passado, em 12 meses, tinha caído 5,2%, deve crescer no próximo ano cerca de 3%. O investimento reflete a confiança dos consumidores, do mercado, que voltou a crescer depois de 15 trimestres seguidos de queda”, avaliou.

Apesar de divulgar números positivos para demonstrar sua avaliação sobre o avanço na economia, o ministro disse que os desafios ainda são grandes. “Ainda há muito a fazer para consolidar as conquistas alcançadas e continuar avançando e gerando recursos para maior investimento em educação, saúde e infraestrutura. É fundamental realizar as reformas que vão aumentar a produtividade da economia e o ambiente para produzir. Sem isso, o Brasil não vai conseguir dar o salto produtivo que é necessário para alcançar os patamares de desenvolvimento necessários que são a aspiração e o desejo e o direito de todos os brasileiros”, disse.

Lava Jato

O juiz federal Sérgio Moro, maior homenageado da noite, disse que a Operação Lava Jato não é um trabalho individual. “Não é um mérito meu, é um mérito institucional, não só do Poder Judiciário, mas igualmente do Ministério Público e da Polícia Federal, e também de órgãos auxiliares, como a Receita Federal”, disse.

Sobre a operação, ele disse que teve início de maneira ostensiva em 2014, e que hoje são 67 acusações em primeira instância, já que o Ministério Público optou por realizar as acusações separadamente. Segundo Moro, há vários casos pendentes, mas até agora 37 casos foram julgados, com 113 pessoas condenadas por corrupção e lavagem de dinheiro.

“Mais do que os números, o importante é constatar que, de uma maneira pouco previsível, pessoas que se imputavam invulneráveis, poderosas, imunes à ação da Justiça, responderam a processo, muitas foram condenadas, muitas já cumprem pena de prisão. Isso foi um rompimento de uma tradição de impunidade de crimes praticados por poderosos que veio na esteira do precedente do Supremo Tribunal Federal na Ação Penal 470”, avaliou.

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