O que pode acontecer com o Ibovespa (IBOV), caso queda continue?
Desde esta quarta-feira (12), o Ibovespa (IBOV) está mais do que nunca no radar dos investidores. O índice, que continuamente renova suas mínimas, chegou ao patamar dos 119.420 pontos durante esta quinta-feira (13).
Entre as razões para a queda acentuada, estão a decisão do Federal Reserve (Fed) em não cortar a taxa de juros dos Estados Unidos (EUA), apesar do reconhecimento de que a inflação no país está mais branda, e do processo de fritura do atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A visão é de que o ministro está perdendo apoio, enfrentando uma oposição que tem como nomes Rui Costa, o ministro da Casa Civil. Haddad tem dificuldades em aprovar projetos como desvincular os benefícios temporários do INSS do salário mínimo e os gastos obrigatórios com saúde e educação do aumento das receitas.
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Além disso, a devolução da Medida Provisória (MP) que previa a restrição da compensação de créditos do PIS/Cofins pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, adicionou mais um capítulo à história que evidencia a dificuldade do governo em aprovar projetos que ajudem a controlar os gastos do governo.
Sob diversas tensões, a visão de um Brasil sem equilíbrio fiscal respingou no Ibovespa e formou um cenário pessimista para o IBOV.
O que pode acontecer com o Ibovespa?
Para Fábio Perina, Lucas Piza e Igor Caixeta, do Itaú BBA, caso o índice continue sua movimentação abaixo dos 120.000, é possível que ele rompa o suporte e atinja sua mínima observada em outubro de 2023, os 111.600 pontos.
Do outro lado, caso ele rompa a resistência inicial em 122.400 pontos, o índice poderá chegar aos 126.500.
Para o Itaú BBA, “o momento é de cautela no curto prazo, pois o cenário de quedas mais acentuadas à frente existe e aumentou a probabilidade”.
“O ambiente externo, até o momento, não conseguiu contribuir para um avanço do Ibovespa. Assim, o cenário de longo prazo para o índice, por enquanto, fica sob revisão”, complementam os analistas.