Banrisul

O que olhar no Tesouro Direto após corte da Selic

12 jan 2017, 20:27 - atualizado em 05 nov 2017, 14:08

Investir no Tesouro Direto exige, principalmente, ficar de olho nas variáveis que afetam o preço e o rendimento dos papéis que cada um possui em carteira. E, na quarta-feira, o corte de 75 pontos-base na taxa Selic – enquanto o consenso apontava para 50 pontos-base – levou o investidor a corrigir os preços na sessão desta quinta-feira.

“O mercado está correndo atrás agora para ajustar essa expectativa de corte maior. Isso é bom para a Bolsa e levou a um ajuste positivo nas pontas longas dos títulos públicos pré-fixados”, ressalta Fábio Francisco Gonçalves, analista da corretora do Banrisul. Os papéis prefixados, travados com taxas maiores, por exemplo, tiveram um forte ganho.

Parte do mercado já projeta a Selic abaixo dos 10% em 2017.

“No geral, para quem precisa do dinheiro, essa é uma boa oportunidade para vender e realizar lucros.”, explica Christiano Rohlfs Coelho, superintendente da Intermedium DTVM, citando as LTN pré com vencimento em 2023. Ele ressalta, porém, que o investidor que não precisa do dinheiro agora pode esperar uma janela melhor no médio a longo prazo.

Gonçalves, do Banrisul, além de indicar um aumento na exposição em Bolsa para os investidores, sugere uma alocação de 50% nas NTN-B com vencimento em 2035 e, o restante, dividir entre NTN-Bs para 2019 e nos papéis pré-fixados LTN para 2019.