O que o BTG (BPAC11) ganha com a Julius Baer? Ação sobe
Conhecido por ser uma máquina de aquisições, o BTG (BPAC11) levou mais uma e colocou para dentro a Julius Baer Brasil, que estava no país desde 2005.
Com isso, o banco acrescenta R$ 61 bilhões em ativos sob gestão (AuM) e aumenta a participação em um segmento disputado a tapas pelo mercado: a gestão de grandes fortunas.
Na bolsa, a ação subia 3,19%, a R$ 28,43. Ao todo, o BTG pagará R$ 615 milhões e, segundo o próprio banco, ampliará seu segmento de family office.
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Entre analistas, tanto a aquisição como o valor agradaram. Segundo a XP, a operação é positiva, pois complementa ainda mais as ofertas do banco no segmento de wealth management (serviço responsável por fazer a gestão de fortunas).
“Vale ressaltar que, nos últimos anos, o banco tem feito aquisições de operações complementares aos seus negócios no Brasil (por exemplo, FIS Privatbank, M.Y. Safra e Sertrading) para se posicionar como uma plataforma abrangente para atender às pessoas físicas de altíssimo patrimônio”, afirma.
Ainda segundo os analistas, é importante destacar que, ao final do terceiro trimestre, o banco apresentava um índice BIS bastante confortável (16,4%) e um patrimônio líquido de quase R$ 50 bilhões.
“Portanto, essa aquisição não altera significativamente a solidez de seu balanço patrimonial”, dizem.
Já a Ativa calcula que o valor pago representa 0,1x os ativos sob gestão — um múltiplo consistente com as transações de fusões e aquisições no mercado de capitais nos últimos anos, algumas delas lideradas pelo próprio BTG.
“A transação fortalece o braço de Family Office do banco, que agora ultrapassa R$ 100 bilhões em ativos sob gestão (AUM), consolidando sua posição no topo da pirâmide”, diz.
Desde o início, o BTG era considerado o favorito na disputa. Sua expertise em atender esse perfil de cliente e à oportunidade de integrar a operação com seus outros negócios o colocaram na frente.