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O que muda para Suzano (SUZB3) com aquisição de 15% da Lenzing, segundo o Itaú BBA

12 jun 2024, 9:48 - atualizado em 12 jun 2024, 10:44
suzano suzb3
Para o banco, o novo acordo permitirá a Suzano entender melhor a estrutura do mercado no ramo têxtil; confira (Imagem: Divulgação/Suzano)

Na madrugada desta quarta (12), a Suzano (SUZB3) anunciou a aquisição de 15% de participação na Lenzing. O negócio marca a entrada da gigante brasileira de papel e celulose no ramo têxtil.

A empresa comprou a participação da B&C Holding Österreich GmbH (B&C) na Lenzing por 39,70 euros por ação, totalizando 229,9 milhões de euros, ou cerca de R$ 1,3 bilhão na cotação atual.

De acordo com o Itaú BBA, o negócio é pequeno para Suzano, mas abre possibilidades mais a frente. “Embora o acordo não seja relevante do ponto de vista financeiro/alavancagem, ele permitirá a Suzano entender melhor a estrutura do mercado (consumidores, concorrentes, cadeia de fornecimento, etc.) antes de fazer uma decisão mais ousada”, enxergam os analistas Daniel Sasson, Marcelo Palhares, Edgard Souza e Barbara Soares.

Pelo acordo, a Suzano tem direito a duas cadeiras no conselho de administração da companhia, além da possibilidade de alterar o controle da companhia com a aquisição de uma participação adicional de 15% de ações da Lenzing detidas pela B&C como parte de uma oferta pública de aquisição obrigatória a ser realizada pela Suzano para todas as ações da Lenzing.

Adicionalmente, o banco acredita que a Suzano pode contribuir com expertise para ajudar a reverter alguns dos negócios e operações industriais da Lenzing.

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O BBA ainda ressalta que as aplicações da viscose na indústria têxtil têm aumentado nos últimos anos, principalmente na região Ásia-Pacífico, em parte devido ao seu ambiente ESG mais ecológico apelo quando comparado às fibras têxteis sintéticas.



“O acordo faz sentido do ponto de vista estratégico, dado que a Lenzing é uma das maiores empresas integradas de viscose (desde a dissolução de produtores de celulose para viscose) fora da China, em um mercado com importantes barreiras de entrada como é já dominado por grandes players”, concluem

O banco conta com uma recomendação de compra (outperform) para as ações e com preço-alvo de R$ 75.