O que mais pode pesar no bolso do brasileiro em 2022?
A inflação oficial do Brasil chegou a 10,06% em 2021, maior taxa desde 2015. No entanto, os principais vilões do bolso dos brasileiros no ano passado não serão necessariamente os mesmo em 2022.
De acordo com Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos ouvido pelo Money Times, a pressão nos preços em serviços deve ser o principal destaque agora.
“A elevação de juros administrada pelo Banco Central (BC) para conter a inflação em dois dígitos encarece as compras a prazo, o que impacta diretamente a dinâmica dos serviços“, afirma.
A energia elétrica, que foi a principal contribuição de alta no grupo de habitação no ano passado (21,21%), deve desacelerar os preços ao longo do ano.
Sanchez explica que o cenário de chuvas no início do ano contribui para a expectativa de recuperação do setor elétrico, mas lembra que os estoques dos reservatórios no Brasil continuam baixos.
Dentro da meta
Na visão da Ativa, o Brasil tem condições de encerrar 2022 com a inflação dentro da meta, ainda que bem próxima do teto de 5% estipulado pelo BC.
A corretora espera que o IPCA alcance a marca de 4,68% no ano e comece janeiro com elevação de 0,54%. As estimativas foram revistas ante os patamares de 4,67% e 0,39%, respectivamente.
Sanchez também não vê motivos para alteração do ritmo de alta da Selic, com base no IPCA divulgado pelo IBGE nesta terça-feira (11).