O que impede as ações de frigoríficos de subirem mais no curto prazo

Apesar das boas perspectivas para o setor frigorífico, o BB Investimentos recomenda cautela no curto prazo. Segundo a gestora, há dois fatores, basicamente, que restringem a alta dessas empresas na bolsa, por ora – um interno e um externo.

Em relação ao Brasil, o problema apontado pelo BB Investimentos é o já tradicional sufoco financeiro do início do ano. Isto porque, grandes despesas concentram-se no primeiro trimestre, como o pagamento de impostos (IPVA, Imposto de Renda) e despesas com material escolar.

A situação leva a um “poder de compra sazonalmente menor no Brasil nos primeiros meses do ano”.

No exterior, a pressão vem da China. A gestora aponta a “aparente normalização dos estoques de carne” do país, bem como à pacificação das suas relações com os EUA, por meio do acordo comercial que tenta encerrar tenta encerrar as hostilidades entre ambos.

“Em dezembro, a China anunciou seu objetivo de suspender os impostos de certos volumes de soja e carne suína dos EUA, o que deve impactar os volumes do Brasil no país asiático. No entanto, embora ainda estejam em nosso radar, as negociações não ganharam força”, afirma o relatório do BB Investimentos.

Irã

Já os recentes entreveros entre os EUA e o Irã, que deixaram o mercado sobressaltado com o risco de uma possível escalada das agressões militares, não preocupam a gestora no momento. Primeiro, porque o peso dos iranianos nas exportações brasileiras de carne bovina já vem caindo.

Segundo, porque, a importância do Irã no consumo de outros tipos de carne do Brasil é ainda menor. “Estamos acompanhando os desdobramentos dos conflitos entre o país e os EUA, mas até agora não vimos nenhuma ação retaliatória que devesse impactar as exportações brasileiras”, informa o relatório.

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Veja, a seguir, as estimativas do BB Investimentos para o setor de carne: