O que fazer com as ações do Magazine Luiza (MGLU3) após prejuízo no 1T23?
O Magazine Luiza (MGLU3) divulgou um resultado no primeiro trimestre deste ano abaixo do que era esperado pelo mercado.
A varejista teve prejuízo líquido de ajustado R$ 309,4 milhões entre janeiro e março de 2023, ante um prejuízo de R$ 98,8 milhões no mesmo período de 2022.
Já as projeções compiladas pela Refinitiv apontavam prejuízo líquido de R$ 175,1 milhões, de acordo com a agência Reuters.
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Avaliação do resultado
Em relatório, a Genial Investimentos destacou o menor crescimento de receita e maior pressão na margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) na comparação anual.
Apesar disso, Iago Souza e equipe de analistas da corretora não alteraram a recomendação de “manter” os ativos do Magazine Luiza, com um preço-alvo de R$ 5.
Segundo os analistas, os serviços de Marketplace foram “um dos poucos pontos do resultado que surpreendeu positivamente”. A receita bruta do segmento cresceu 39% em base anual.
“Existe potencial para crescer ainda mais”, avaliam os analistas. Isso porque existe um potencial que o Magalu Ads pode trazer à vertical.
Para Pedro Serra, analista da Ativa Investimentos, embora a varejista tenha apresentado crescimento em receitas, lucro bruto e Ebitda, havia “uma expectativa maior quanto a esse avanço”.
A corretora também manteve uma recomendação “neutra” para as ações, “entendendo a dificuldade que o setor enfrenta e seguirá enfrentando enquanto a conjuntura macro não melhorar”.
Entenda o resultado
Para a XP, três pontos do balanço podem ser destacados para entender o resultado do Magazine Luiza:
- a empresa anunciou oficialmente mudanças na diretoria, com Carlos Mauad assumindo a fintech, Júlio Trajano assumindo a KaBum e Graciela Kumruian assumindo a Netshoes;
- o Magalu forneceu mais detalhes sobre suas metas estratégicas, incluindo a recuperação da rentabilidade histórica do 1P (vendas próprias), a expansão do fulfillment para outras regiões em 2023 e a otimização do número de softwares diferentes usados pelo ecossistema da empresa;
- as taxas de inadimplência do LuizaCred pioraram tanto em relação ao trimestre anterior quanto em relação ao ano anterior, com a inadimplência acima de 90 dias aumentando 4 pontos percentuais em relação ao ano anterior e 0,4 ponto percentual em relação ao trimestre.