Comprar ou vender?

O que fazer com as ações de siderurgia e mineração agora, segundo a XP

19 out 2020, 16:56 - atualizado em 19 out 2020, 16:56
aço siderurgia siderúrgica indústria produção
“Apesar de algum espaço para queda do minério de ferro em relação aos níveis atuais, a Vale gera muito caixa, em nossa opinião”, afirmou a XP (Imagem: REUTERS/ Fabian Bimmer)

Os preços mais altos de commodities, em especial do minério de ferro, fez com que a XP Investimentos atualizasse suas estimativas para as ações do setor de siderurgia e mineração.

De acordo com a corretora, devido à forte demanda de minério de ferro na China após incentivos do governo, a preferência foi mantida no minério de ferro, sendo a Vale (VALE3), o a ação preferida do setor, tendo os estoques já recompostos após os impactos do coronavírus. O preço-alvo é de R$ 86.

“Apesar de algum espaço para queda do minério de ferro em relação aos níveis atuais, a Vale gera muito caixa, em nossa opinião”, afirmou a XP.

Sobre a Bradespar (BRAP4), a corretora manteve o desconto de holding justo de 20% e atualizou o preço alvo para R$57.

Em relação a Gerdau (GGBR4), a XP acredita que a empresa deve ser beneficiada com a alta no preço das vendas de aço e aumento o preço-alvo para R$ 25. Eles estimam uma redução de 10% nas vendas no Brasil em 2020 na comparação anual (vs. -12% A/A anteriormente)

“O setor siderúrgico no Brasil tem espaço para mais aumentos de preços devido ao dólar alto e aos preços internacionais saudáveis, além da paridade de importação negativa atualmente (inferior a -10%, em nossa opinião)”, afirmou a corretora.

Já a Metalúrgica Gerdau (GOAU4) teve o desconto de holding  justo de 20% mantido e o preço alvo atualizado para R$11,7.

Por último, a Usiminas (USIM5) também teve seu preço-alvo elevado para R$ 12 por ação, mas a recomendação continuou como neutra, com uma recuperação mais rápida do que esperado no setor automotivo.

“Em nossa opinião, os preços mais altos do minério de ferro e os aumentos nos preços do aço – seguindo uma paridade de importação ainda negativa – devem melhorar os resultados da empresa no futuro. Nosso novo EBITDA esperado para 2021 de R$3.2 bilhões implica uma margem de 20% (vs. 14% anteriormente)”, avaliou a XP.