O que fazer com as ações da Petrobras (PETR4) após 1T23 e dividendos bilionários?
A Petrobras (PETR3; PETR4) reportou números sólidos no terceiro trimestre de 2023 na quinta-feira (11), afirmam analistas. Além disso, a estatal surpreendeu o mercado positivamente com a distribuição de dividendos.
A companhia teve lucro líquido de R$ 38 bilhões nos três primeiros meses do ano, o segundo maior da história para um primeiro trimestre. Já os dividendos anunciados foram de R$ 24,6 bilhões, ou R$ 1,89 por ação.
Os analistas, no entanto, esperam uma reação moderada ao resultado hoje. Isso porque os papéis seguem pressionados pelo fator político e pela provável alteração das políticas de dividendos e preços de derivados.
A disposição da Petrobras em aumentar os investimentos em segmentos onde não possui vantagens comparativas, como no refino e geração renovável, também segue no radar.
Além da política de dividendos e preço de derivados, o mercado deve seguir de olho no posicionamento da empresa frente à Braskem (BRKM5) e Vibra (VBBR3), bem como na constituição do seu novo plano estratégico.
Após o balanço do primeiro trimestre, a XP Investimentos manteve a recomendação de compra para a ação, apesar do alto risco inerente associado à tese. Segundo os analistas a indicação se baseia principalmente no valuation descontado.
Já o Bradesco BBI e a Ativa mantiveram recomendação neutra para a Petrobras, com preços-alvo de R$ 26 e R$ 28, respectivamente.
Na mesma linha, o Itaú BBA tem indicação de market perform para a estatal — ou seja, o desempenho da ação deve se manter em linha com a média do mercado. O banco elege alvo em R$ 27 para a ação.
Petrobras no 1T23
No trimestre, os destaques da Petrobras foram empresa a forte geração de fluxo de caixa livre (11% de yield) e os dividendos robustos (~7% de yield), avaliam analistas.
Além disso, as receitas vieram ligeiramente melhores que as expectativas do mercados, bem como seus custos, impactados positivamente por menores importações de óleo.
Com as despesas apresentando melhor dinâmica em função de menores despesas exploratórias e melhor despesas administrativas, de vendas e gerais (SG&A), o Ebitda Ajustado também surpreendeu.
No entanto, a Petrobras já mostra alguns sinais de retrocesso, diz a Ativa, como ao não divulgar o preço de transferência para o refino.