O que fazer com as ações da Klabin (KLBN11) após os resultados do 2T24? Veja 4 análises
A Klabin (KLBN11) apresentou números robustos no segundo trimestre de 2024 (2T24), segundo analistas. A companhia reportou lucro líquido de R$ 315 milhões e ainda anunciou R$ 410 milhões em dividendos.
Para o BTG Pactual, os números colocaram a Klabin em uma posição favorável em comparação com grande parte do seu universo de cobertura.
“A Klabin continua sendo uma empresa bem gerida, de baixo beta e com crescimento diversificado. Estamos cada vez mais otimistas em relação à companhia, considerando-a uma opção confiável em mercados voláteis e sob um cenário de real mais fraco”, apontam Leonardo Correa, Caio Greiner e Bruno Lima.
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Apesar de manter uma posição neutra (R$ 30) para ação, o banco acredita que a companhia está posicionada para se beneficiar de melhores perspectivas em todas as suas unidades de negócios, levando a um momento sólido (e crescente) de resultados nos próximos trimestres, apesar de uma queda para os preços da celulose.
“A Klabin está sendo negociada a um múltiplo EV/EBITDA para 2024 descontado de ~7,5x (bem abaixo do justo/histórico de ~8-8,5x), e esperamos ver uma expansão de múltiplos à medida que o consenso aumenta gradualmente suas estimativas de lucros nos próximos meses.”
Na avaliação da XP Investimentos, que mantém sua recomendação neutra (R$ 24,50), o sólido desempenho de custos mitiga parcialmente a pressão de preços esperada para a divisão de celulose, embora a queda de curto prazo da celulose continue sendo a principal preocupação dos investidores.
Itaú vê números sólidos e Safra recomenda venda para KLBN11
O Itaú BBA, que recomenda compra (R$ 26), viu números fortes, destacando o Ebitda ajustado de R$ 2,1 bilhões, alta de 24% na comparação trimestral, de 53% anual e 3% acima das estimativas do banco.
“A alavancagem financeira em reais permaneceu estável em 3,5x no 2T24. Atualmente, a Klabin é a principal escolha no setor de papel & celulose, à frente do momento mais fraco dos preços da celulose nos próximos meses”, dizem Daniel Sasson, Marcelo Furlan Palhares, Edgard Pinto de Souza e Barbara Soares.
Já o Banco Safra, que mantém sua recomendação de venda (R$ 23), viu números positivos, com bons resultados operacionais e perspectiva construtiva.
“Temos uma perspectiva sequencial construtiva para os resultados apoiada pela continuidade do ramp-up da MP28 e da Figueira e números saudáveis de preço e volume em papel e embalagens. Dito isso, notamos as paradas programadas de manutenção de Ortigueira e Correia Pinto no 3T24, que estimamos que incorrerão em R$ 150 milhões–200 milhões em custos de parada”, veem Ricardo Monegaglia e Conrado Vegner.
A instituição espera melhores resultados no 3T24 devido aos maiores preços realizados, refletindo os aumentos de preços implementados ao longo do trimestre, e um real mais fraco, potencialmente mais do que compensando os custos de parada para manutenção em Ortigueira.