O que fazer com ações de saúde, que são destaque no pregão desta quarta (29)?
As ações de empresas de saúde são destaque no pregão desta quarta-feira (29), após divulgarem os resultados do 4T22.
Por volta das 12h50, a Qualicorp (QUAL3) perdia 7,2%, a Oncoclínicas (ONCO3) disparava 14,2% e a Dasa (DASA3) tinha queda de 3,2%.
Entenda o movimento dos papéis e o que fazer com as ações:
QUAL3
A Qualicorp reverteu o lucro e registrou prejuízo de R$ 79 milhões nos últimos meses de 2022, enquanto a receita líquida caiu 13% na comparação anual, para R$ 453 milhões.
A receita veio 6% abaixo da expectativa do BTG Pactual, que destacou o impacto por uma redução ainda maior em sua base de membros dos planos coletivos por adesão.
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Segundo Samuel Alves e equipe de analistas do banco, o resultado da Qualicorp no período reflete os principais desafios que ela enfrentou ao longo de 2022. São eles: o baixo crescimento orgânico impedindo uma expansão decente da receita; a pressão de margem; e maiores despesas financeiras líquidas prejudicando o lucro líquido.
O BTG manteve uma avaliação neutra para as ações da companhia, mas cortou o preço-alvo dos ativos para R$ 5, frente R$ 9 anteriormente.
A Genial Investimentos também avalia que os resultados da Qualicorp vieram abaixo das expectativas e calcula que a pressão negativa do mercado de trabalho está desacelerando no horizonte.
“O ano de 2023 será um desafio ainda maior para a administradora de benefícios”, afirmam Guilherme Vianna e Luis Assis, analistas da corretora.
A Genial manteve a avaliação de manter as ações, com um preço-alvo também de R$ 5.
ONCO3
A Oncoclínicas registrou uma alta de 300% no 4T22, com um lucro líquido de R$ 96 milhões no período.
Para Caio Moscardini e Guilherme Gripp, analistas do Santander, o resultado da companhia foi afetado por um imposto positivo. “Acreditamos que o projeto de normalização tributária está avançando”, afirmam.
Além disso, os especialistas avaliam que as ações da companhia estão operando com uma margem “sustentadamente mais alta”, devido a escala, mix e diluição de SG&A (Despesas com Vendas Gerais e Administrativas).
O ponto negativo levantado pelos analistas, contudo, foi na frente de recebíveis, que “voltou a ser pressionada pelas operadoras de saúde e mix (Cancer Centers)”.
O Santander manteve a avaliação de “outperform” para as ações da Oncoclínicas, a um preço-alvo de R$ 10,75.
DASA3
A Dasa tem uma reação negativa na Bolsa após registrar um prejuízo líquido de R$ 220 milhões no quarto trimestre, alta de 33% na comparação anual.
As ações da companhia chegaram a disparar no início da semana, após a notícia de que a companhia engajou bancos para uma potencial oferta primária de ações de R$ 1,5 bilhão a ser lançada depois da divulgação do balanço.
Os analistas do Santander avaliam que os resultados da Dasa vieram mistos. Se, por um lado, eles enxergam melhorias nas margens nos segmentos hospitalar e oncológico, do outro, os “segmentos de diagnósticos e coordenação de cuidados enfrentaram uma desalavancagem operacional significativa e incorreram em vários custos/despesas não recorrentes”.
Para 2023, os especialistas do banco esperam que a Dasa foque em cinco temas: a estrutura de capital; a combinação de crescimento e expansão de margem; ganhos de market share e aumento da eficiência; maior conversão de receita da plataforma digital e melhor experiência; e diluição das despesas gerais e administrativas.
Os analistas mantêm uma avaliação neutra para as ações, com um preço-alvo de R$ 15,50.