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O que fazer com Azul (AZUL4) após reestruturação de dívidas, segundo o Goldman Sachs; diluição das ações preocupa

30 jan 2025, 12:02 - atualizado em 30 jan 2025, 12:02
Azul Gol
O Goldman Sachs manteve a recomendação neutra para as ações da Azul após conclusçao da reestruturação de dívidas (Imagem: iStock/Matheus Obst)

A Azul (AZUL4) anunciou na segunda-feira (28) a conclusão da reestruturação das suas dívidas, incluindo acordos com detentores de títulos, arrendadores e fabricantes — abatendo US$ 1,6 bilhão. Após o anúncio, o Goldman Sachs permaneceu neutro nas ações da aérea, com preço-alvo de R$ 5,40.

Conforme o comunicado enviado ao mercado pela Azul, a companhia também captou US$ 525 milhões adicionais (o que equivale a pouco mais de R$ 3 bilhões), em Notas Superprioritárias, com vencimento em 2030. Esse era o último passo da reestruturação, iniciada em 2024.

Com essas operações, a empresa afirma que a alavancagem deve recuar. Assim, a relação dívida líquida/Ebitda sairá de 4,8x para 3,4x em relação ao nível do terceiro trimestre do ano passado.

Entre as medidas acordadas estão as negociações com arrendadores e fabricantes, que resultaram na substituição de US$ 557 milhões em emissão de ações por 94 milhões de novas ações preferenciais AZUL4. Além disso, houve a extinção de US$ 243,6 milhões em notas, que foram substituídas por novos acordos comerciais.

A companhia também realizou a emissão de novas notas sem garantia com vencimento em 2032. Como resultado dessas ações, houve uma melhoria no fluxo de caixa de US$ 300 milhões entre 2025 e 2027.

Diluição de ações da Azul preocupam

Analistas do Goldman Sachs apontam que, contabilizando todas as emissões de ações esperadas neste processo, totalizando cerca de 475 milhões de ações, a diluição seria de em média 136% do número atual de ações.

Por outro lado, os analistas reconhecem que os acordos firmados pela companhia aérea melhoram, ao mesmo tempo, a estrutura de capital e a liquidez de curto prazo.

Além disso, os analistas destacam que o acordo de reestruturação reduz a alavancagem da empresa mesmo que às custas de uma diluição significativa para os atuais acionistas e deve promover uma melhoria do fluxo de caixa nos próximos anos.

No acumulado deste ano, ou seja, ao longo de janeiro, AZUL4 começa 2025 bem, com uma alta de 25%, até esta quarta-feira (30).



*Com Kaype Abreu

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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