O que faz o petróleo custar o mesmo que custava um ano atrás?
Os mercados de petróleo continuam assustados com a piora das perspectivas para o consumo de combustíveis, à proporção que as principais economias do mundo tentam lidar com a inflação e a alta de juros.
Por volta das 15h, o óleo cru americano e o Brent futuros chegavam aos US$72/barril e US$78/barril, respectivamente, recolocando as referências no nível mais baixo desde o fim de dezembro de 2021.
Depois que indicadores mostraram uma queda expressiva da atividade de base na Europa, hoje foi a vez de dados da balança comercial chinesa mostrarem tempos turbulentos para o maior consumidor de petróleo do mundo.
O dado referente a novembro registrou uma queda de 8,7% nas exportações e 10,6% das importações de produtos denominados em dólar. No todo, o superávit chinês chegou a US$ 69,8 bilhões, bem abaixo da expectativa dos US$ 78.1 bi.
Engarrafamento de transportadores de petróleo eleva tensões entre Rússia e Ocidente
Dois dias se passaram desde a implantação das novas sanções contra o petróleo russo e os efeitos nas rotas comerciais da commodity já se fazem sentir.
Desde ontem, uma fila quilométrica de ao menos 20 navios carregados de petróleo russo estão estacionados no Mar Negro e aguardam a inspeção por autoridades turcas.
De acordo com o novo teto, navios de carga podem transportar petróleo russo somente se estiverem assegurados por companhias ocidentais, de maneira que o preço da matéria-prima conste igual ou inferior aos US$ 60/barril.
No entanto, a Turquia tem feito um controle rígido do fluxo de cargueiros nos estreitos de Bósforo e Dardanelos, exigindo até mesmo que cargueiros transportando petróleo de outros países mostrem estar cobertos por seguradoras do Ocidente.
É estimado que, no total da carga levada pelos 20 navios, haja 18 milhões de barris, sobretudo, vindos do Cazaquistão em direção à Europa.
Segundo o Financial Times, a Turquia estaria preocupada com a possibilidade de que o teto sobre o petróleo da Rússia venha a aumentar o fluxo de número de cargueiros não segurados em suas águas, aumentando o risco de acidentes se m cobertura.
Petrobras corta preço de gasolina, diesel e gás
Em resposta à involução dos preços do barril nos últimos quinze dias, a Petrobras (PETR4) anunciou cortes nos preços de derivados produzidos em refinaria e vendidos aos distribuidores.
No caso do gás de cozinha (GLP), o valor caiará, em média, de R$ 4,55 para cada 13 kg de GLP na venda às distribuidoras, uma redução de 9,8%.
Para a gasolina, a Petrobras informou que para a gasolina A o preço médio de venda para as distribuidoras passará de R$ 3,28 para R$ 3,08 por litro, uma redução de R$ 0,20 por litro.
Já para o diesel A, o preço médio do derivado para as distribuidoras passará de R$ 4,89 para R$ 4,49 por litro, uma redução de R$ 0,40 por litro.
As ações da petroleira caem 0,27% no dia e mais de 3,0% nos últimos cinco pregões.