Política

O que faz, na prática, o presidente do G20? Veja os planos de Lula para o cargo

10 set 2023, 15:07 - atualizado em 10 set 2023, 15:32
lula g20
Atividades do G20 serão decididas e implementadas pelo governo Lula (Imagem: Ricardo Stuckert/PR)

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu, neste domingo (10), a presidência temporária do G20. A passagem de bastão foi feita pelo primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, durante o encerramento da 18ª Cúpula de Chefes de Governo e Estado do grupo, em Nova Déli, na Índia.

Na prática, a presidência dirige a agenda do grupo por um ano e acolhe a cúpula. Ou seja, entre 1º de dezembro de 2023 e 30 de novembro de 2024, as atividades do G20 serão decididas e implementadas pelo governo brasileiro.

O Brasil organizará as mais de 100 reuniões oficiais, que incluem cerca de 20 reuniões ministeriais, 50 reuniões de alto nível e eventos paralelos. O país terá o apoio da Índia, última ocupante do cargo, e da África do Sul, que exercerá o mandato em 2025 — sistema conhecido como tróica.

Além disso, a próxima Cúpula de chefes de Estado e governo do G20, a 19ª, será hospedada no Rio de Janeiro, nos dias 18 e 19 de novembro de 2024.

O Governo Lula na presidência do G20

De acordo com Lula, o Brasil pretende organizar os trabalhos do G20 em torno de três orientações gerais. Primeiro, ele propõe uma aproximação entre as trilhas de política e de finanças, de forma que “se coordenem e trabalhem de forma mais integrada”. “Não adianta acordarmos a melhor política pública se não alocarmos os recursos necessários para sua implementação”, disse.

A presidência brasileira também deve criar um canal de diálogo entre os líderes e a sociedade civil. O objetivo é assegurar que os grupos de engajamento da sociedade, entidades de classe e órgãos públicos tenham a oportunidade de reportar suas conclusões e recomendações aos representantes de governo.

Para o presidente, também é preciso evitar que discussões sobre questões geopolíticas, como guerras, esvaziem a agenda de outras instâncias do bloco. “Não nos interessa um G20 dividido. Só com uma ação conjunta é que podemos fazer frente aos desafios dos nossos dias. Precisamos de paz e cooperação em vez de conflitos”, afirmou.

O G20

O G20 é composto por 19 países: Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, República da Coreia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Türkiye, Reino Unido e Estados Unidos; a União Europeia e, agora, a União Africana.

Além disso, uma série de entidades internacionais também são participantes e convidadas fixas das cúpulas do grupo.

Os membros do G20 representam cerca de 85% do PIB global, mais de 75% do comércio global e cerca de dois terços da população mundial.

O grupo é entre dividido presidência do G20, Trilha das Finanças, Trilha Sherpa e  Grupos de Engajamento.

*Com informações da Agência Brasil

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