O que faz as principais ações de construção civil caírem, enquanto Gafisa (GFSA3) sobe 20%?
As ações das principais empresas do setor de construção civil operam em queda nesta quarta-feira (11) na Bolsa brasileira digerindo dados de vendas de material de construção. Além disso, os papéis passam por movimento técnico de correção após as altas exibidas no pregão anterior.
Por volta das 12h25 (de Brasília), as ações de construtoras como MRV (MRVE3), Eztec (EZTC3), Direcional (DIRR3), Lavvi (LAVV3) e Tenda (TEND3) recuavam entre 1% e 2,5%. Na véspera, a Tenda chegou a subir mais de 7% liderando as altas do setor. Já a Cyrela (CYRE3) e Cury (CURY3) tinham altas abaixo de 1,8%.
Construtoras com menor liquidez na Bolsa como Moura Dubeux (MDNE), Even (EVEN3), Helbor (HBOR3), Mitre (MTRE3), Trisul (TRIS3) e PDG (PDGR3) oscilavam entre perdas e ganhos.
Na contramão dessas construtoras, a Gafisa (GFSA3) tenta recuperar-se do tombo de 27% ontem e tem salto perto de 20% hoje em movimento de correção.
Vendas de material de construção civil caem ante 2021
As vendas no varejo do Brasil interromperam três mês de ganhos e caíram 0,6% em novembro ante outubro, segundo do levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados hoje, na leitura mais fraca para o mês desde 2015.
Entretanto, as vendas de material de construção, que integram os números do varejo ampliado – que considera ainda veículos, motos, partes e peças -, avançou 3% no penúltimo mês de 2022 na base mensal.
Na comparação com novembro de 2021, porém, houve queda de 10,9% nas vendas de materiais, acumulando taxa negativa pela oitava vez seguida desde abril do ano anterior. Já no acumulado de 2022 até novembro, as vendas de materiais de construção acumulam perdas de 8,9%, chegando a 11 meses de acúmulos no campo negativo.