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O que falta para o Bitcoin (BTC) deslanchar de vez, após o halving e a aprovação dos ETFs no mercado à vista?

14 maio 2024, 11:44 - atualizado em 14 maio 2024, 11:46
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Frustração: disparada do Bitcoin (BTC), após ETFs à vista e halving, não aconteceu, pelo menos, até agora (Imagem/ Pixabay/ Gerd Altmann)

Abril marcou o tão aguardado halving do Bitcoin (BTC) – o quarto de sua história –, evento que reduz as recompensas por bloco e inaugura uma nova era para os mineradores da principal criptomoeda do mercado. Sempre cercado de grande expectativa, o halving indica ciclos de alta no mercado, alimentados pela perspectiva de uma escassez crescente da criptomoeda.

O halving de 2024, contudo, trouxe um tempero especial a essa receita já conhecida: a recente aprovação dos ETFs à vista nos EUA, que prometia “abrir as comportas” para um fluxo substancial de novos investimentos.

A combinação desses dois eventos gerou um otimismo palpável entre investidores e analistas, com muitos antecipando que o preço do Bitcoin ultrapassaria a marca histórica de US$ 100 mil até o final do ano.

No entanto, a realidade pós-halving revelou um cenário mais contido: o preço da moeda digital tem oscilado, com momentos de estabilidade e desafios inesperados, que parecem conter seu potencial explosivo de valorização. O comportamento do mercado tem sido mais complexo do que o esperado, e vários fatores têm retardado sua decolagem imediata.

Mas afinal, quais são os motivos pelos quais a principal criptomoeda do mercado não conseguiu deslanchar como esperado? E o que os especialistas projetam para os próximos meses?

Precificação antecipada e queda dos ETFs: entenda alguns motivos que frearam o Bitcoin pós-halving

O período que antecedeu o quarto halving do Bitcoin foi marcado pela tentativa dos investidores de capitalizar antecipadamente sobre as expectativas tradicionalmente elevadas que cercam esses eventos.

“Este ano, vimos o preço do Bitcoin registrar novos recordes antes mesmo do halving em si, talvez devido ao forte fluxo de compras vindo dos ETFs americanos. Mas isso também introduziu um nível de incerteza sobre como a moeda se comportaria após o halving”, aponta Theodoro Fleury, gestor e diretor de investimento da QR Asset.



Entretanto, essa expectativa de alta antecipada – tanto por conta do halving como pela aprovação dos ETFs de Bitcoin – gerou uma “antecipação” de ganhos que pode ter contribuído para uma valorização prévia do ativo e uma consequente lateralização pós-halving.

A realidade mostra uma estabilidade inesperada: o halving culminou em uma oscilação do preço do ativo entre US$ 59.000 e US$ 73.700. De acordo com os especialistas de mercado, essa variação sugere uma resistência ao crescimento explosivo que muitos antecipavam.

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“A aprovação dos ETFs à vista foi um marco importante, mas não garantiu automaticamente um aumento sustentado no preço do Bitcoin. A demanda real pelo BTC como ativo de investimento permanece um fator-chave que influencia seu preço, enquanto fatores como incertezas macroeconômicas têm um peso significativo”, destaca Pedro Gutierrez, diretor regional Latam da CoinEx.

“O cenário macro norte-americano pode ser o grande responsável pela lateralização do Bitcoin pós-halving”

Como é possível observar, a dinâmica de preço do Bitcoin vai além do mercado interno de criptoativos e pode ser influenciada por um contexto econômico mais amplo – especialmente o dos Estados Unidos.

Com o país enfrentando diversas incertezas macroeconômicas, incluindo inflação, taxas de juros e condições políticas, os efeitos desses fatores têm sido claramente observados na performance do Bitcoin pós-halving.

“Os rumores sobre possíveis movimentos nas taxas de juros nos Estados Unidos, por exemplo, contribuíram para a incerteza e volatilidade do mercado cripto. Esses fatores externos podem ter compensado, em certa medida, o impacto positivo do halving e da aprovação de ETFs americanos”, destaca Pedro Gutierrez, da CoinEx.

“Turbulências geopolíticas recentes e contratempos relacionados à inflação e à possibilidade de queda de juros nos EUA podem estar exercendo maior influência no preço do que o halving em si”, aponta o Theodoro Fleury, da QR Asset.

Os especialistas acreditam que a combinação de dados negativos sobre a inflação nos EUA, além de dados de desemprego que não foram suficientemente bons para impulsionar um corte de juros, contribuíram para uma visão mais cautelosa por parte dos investidores.

Outro ponto que pode ter contribuído para a lateralização do BTC é a diferença entre as vendas de varejo e institucionais.

“O mercado precifica o evento de forma antecipada. E perto do evento é natural que vendedores de varejo se posicionem mais que os institucionais, que já estão posicionados há muito tempo”, reforça Rony Szuster, do Mercado Bitcoin.

Expectativa para os próximos meses é positiva no mercado cripto

Apesar dos desafios recentes e da estabilização do preço após o halving e da aprovação dos ETFs à vista, a análise dos especialistas destaca uma visão otimista para o futuro do Bitcoin. Segundo eles, a compreensão do comportamento do mercado pós-halving é crucial para entender o que está por vir.

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“Após o halving, é normal termos um período de lateralização e queda, uma vez que o mercado antecipou o evento”, reforça Rony Szuster.

Rony aponta ainda que a expectativa de melhora do Bitcoin para o longo prazo depende especialmente do cenário macro dos EUA melhorar. Segundo o analista, uma eventual redução da inflação e a melhora nos dados de desemprego podem fazer com que o FED corte a taxa de juros – o que provavelmente impulsionaria o preço do Bitcoin.

“Podemos ver o Bitcoin a US$ 100 mil nos próximos 12 meses”

A expectativa é que, com melhorias nas condições macroeconômicas e continuidade dos influxos institucionais, o Bitcoin não apenas se estabilize, mas também teste novas máximas.

“Acreditamos que os fatores que estão ‘freando’ a alta do Bitcoin são temporários. Se nos basearmos nos últimos halvings, o Bitcoin pode até retrair até os US$ 50 mil e depois experimentar uma valorização significativa, potencialmente alcançando cerca de US$ 100 mil nos próximos 12 meses”, finaliza Theodoro Fleury.

Os analistas sugerem ainda que, embora o caminho possa incluir volatilidade e incertezas, o longo prazo pode trazer um cenário bastante favorável para o Bitcoin. Os investidores que mantêm essa visão podem encontrar motivos para otimismo, com sinais fortes de que a principal criptomoeda do mundo ainda tem um potencial considerável de valorização.

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