O que explica a derrocada da Azul (AZUL4)? Companhia diz que conflito entre Irã e Israel pressiona
A Azul (AZUL4) afirmou nesta terça-feira (16) que a variação nos preços do petróleo, em meio à escalada do conflito entre Irã e Israel, pode ter contribuído para a redução do preço das ações e impactado o volume negociações.
O esclarecimento veio em resposta ao questionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre a recente oscilação do preço dos papéis.
“A companhia acredita que não há informações ou fatos relevantes que ainda não tenham sido já divulgados ao mercado, nos termos dos normativos, regulamentações e legislação em vigor. No entanto, ressalta que no dia 12 de abril, foram divulgadas informações sobre as tensões no Oriente Médio”, disse.
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As ações da Azul começaram abril valendo R$ 13,36 e fecharam a segunda semana do mês a R$ 11,16. Só nessa primeira quinzena — período questionado pela CVM –, AZUL4 recuou mais de 16%. No pregão de ontem (15), a ação registou queda de mais 4,21%, a R$ 10,69.
Em relação ao volume, foram negociados R$ 183,8 milhões no primeiro dia do mês e esse número subiu para R$ 342,8 milhões no dia 12.
Em entrevista ao Money Times, após a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2023 (4T23), o diretor financeiro da Azul, Alex Malfitani, afirmou que o dólar e o petróleo são “desafios tradicionais característicos do setor”.
“Eu tenho muita confiança no que está dentro do nosso controle, mas, como companhia aérea no Brasil, estamos sempre expostos ao dólar, ao petróleo e à demanda — que precisamos monitorar”, disse.
Segundo Malfitani, desses três, o que realmente importa é a demanda. “Com uma demanda forte, conseguimos lidar com um dólar forte e com o petróleo alto — como está acontecendo agora. Mesmo assim, continuamos aumentando nossa rentabilidade e geração de caixa”, afirmou.
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Veja o comunicado da Azul