Destaques da Bolsa

O que está por trás do salto de mais de 10% nas ações de Hapvida (HAPV3)? 

15 jan 2025, 16:50 - atualizado em 15 jan 2025, 18:27
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Ações da Hapvida lideram os ganhos do Ibovespa com disparada de mais de 10%; um dos motivos é o 'novo' plano da ANS (Imagem: Freepik/Divulgação - Montagem: Julia Shikota)

As ações da Hapvida (HAPV3) ganharam força e lideram os ganhos do Ibovespa nesta quinta-feira (15). 

HAPV3 encerrou o pregão com avanço de 10,45%, a R$ 2,43. Na máxima do dia, os papéis subiram 10,91%. Acompanhe o Tempo Real. 



O gatilho para a forte alta é o alívio na curva de juros brasileira após dados de inflação nos Estados Unidos de dezembroque mostraram uma desaceleração nos preços e aumentaram a expectativa de corte nos juros norte-americanos. 

No fim da tarde, a taxa do Depósito Interfinanceiro (DI) para julho de 2025 — um dos mais líquidos no curtíssimo prazo — estava em 13,97%, ante o ajuste de 13,99% da sessão anterior. Já a taxa do contrato para janeiro de 2026 marcava 14,81%, com baixa de 9 pontos-base ante o ajuste de 14,901%.

As audiências públicas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre as mudanças na política de preços e reajustes dos planos de saúde, anunciadas em dezembro, também impulsionam as ações da Hapvida. 

Ontem (14), a ANS definiu que os encontros devem acontecer nos dias 28 e 29 de janeiro — como o previsto anteriormente. 

Em linhas gerais, os analistas avaliam que o ‘novo’ plano da ANS é negativo para o setor — e impacta, em maior grau, a Hapvida

Isso porque a operadora é a mais exposta aos planos coletivos, um dos alvos de mudança da agência reguladora. Hoje, a operadora de saúde tem 43% de seus planos corporativos situados entre 30 e 999 vidas por contrato.

Na época do anúncio, a Hapvida afirmou que as medidas não devem gerar algum impacto financeiro em suas operações. 

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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