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O que está por trás da alta de mais de 20% da Americanas (AMER3) hoje na B3 

10 jul 2024, 12:47 - atualizado em 10 jul 2024, 12:47

Mais uma vez as ações da Americanas (AMER3), em recuperação judicial, operam entre as maiores altas da B3 nesta quarta-feira (10) com um ‘conjunto’ de fatores favoráveis para a companhia. 

Nas primeiras horas do pregão, os papéis AMER3 atingiram máxima intraday a R$ 0,88, com alta de 27,54%. 



Na sessão anterior, as ações da varejista fecharam com alta superior a 38% e voltou a ser negociada acima de R$ 0,60 pela primeira vez desde fevereiro deste ano. 

Nos primeiros dez dias de julho, os papéis AMER3 acumulam avanço de quase 108%. 

No ano, porém, a varejista cai 11%. 

O que AMER3 disparar hoje? 

Em primeiro lugar, os investidores ainda reagem à aprovação, sem restrições, de subscrição e integralização de novas ações ordinárias a serem emitidas pela companhia pela Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) na última segunda-feira (8). 

O prazo de 15 dias corridos para questionamentos ao Tribunal do Cade teve início ontem (9) e terminará em 23 de julho. Se não houver questionamentos, a decisão de aprovação do órgão se tornará final e definitiva.

A Superintendência-Geral do Cade também aprovou a entrada dos bancos credores — Bradesco, Santander e BTG Pactual — no capital da varejista. Cada instituição terá entre 5% e 20% de participação na companhia em recuperação judicial. 

Além disso, o fechamento da curva de juros, após o IPCA, beneficia as ações cíclicas hoje na B3 — o que inclui os papéis da Americanas (AMER3). 

As taxas de Depósitos Interfinanceiros (DIs) reagem aos dados de inflação divulgados mais cedo pelo  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do Brasil, subiu 0,21% em junho — apontando para uma desaceleração em relação à alta de 0,46% apurada em maio.

Em 12 meses, o IPCA ficou em 4,23%, de 3,93%, ainda dentro do teto da meta de inflação do Banco Central para este ano, de 3%.

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