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O que está movimentando os mercados nesta tarde? Veja os destaques

05 nov 2020, 13:05 - atualizado em 05 nov 2020, 13:05
Mercados Ásia Tóquio
Veja os destaques desta tarde (Imagem: Reuters/Issei Kato)

1. Ibovespa engata nova alta e orbita 100 mil pontos com EUA ainda em foco

A bolsa paulista mantinha o viés positivo nesta quinta-feira, alinhado aos mercados de ações no exterior, onde as atenções continuam voltadas para as eleições nos Estados Unidos, enquanto a pauta brasileira traz mais balanços corporativos.

Às 13h, o Ibovespa subia 2,22%, a 100.041,48 pontos. O volume financeiro somava 5 bilhões de reais.

Nos EUA, futuros acionários encontravam supote em apostas de que um potencial impasse político pode reduzir a chance de grandes mudanças que possam afetar as empresas norte-americanas, como alta de impostos.

Wall Street saltava nesta quinta-feira com os investidores apostando que a continuidade de um Senado republicano vai bloquear qualquer ação de um governo Joe Biden para apertar a regulação e elevar as taxas sobre as empresas dos Estados Unidos, mesmo que a eleição presidencial ainda continue apertada.

O Dow Jones Industrial Average subia 2,17%, enquanto o S&P 500 avançava 2,3% e o Nasdaq Composite tinha alta de 3,11%.

2. Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA têm queda marginal

O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu ligeiramente na semana passada, mas permaneceram extraordinariamente altos em meio a sinais de que a recuperação econômica está perdendo força à medida que a pandemia de Covid-19 se intensifica e o estímulo fiscal termina.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego totalizaram 751 mil em dados ajustados sazonalmente na semana encerrada em 31 de outubro, em comparação com 758 mil na semana anterior, disse o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos nesta quinta-feira.

Economistas consultados pela Reuters projetavam 732 mil pedidos na última semana.

3. História indica que bolsa dos EUA pode ampliar ganho pós-eleição

Dados históricos indicam que a valorização do mercado acionário dos Estados Unidos no dia seguinte às eleições é um bom presságio para mais ganhos nos próximos três meses.

O índice S&P 500 deu um salto de 2,2% na quarta-feira, o melhor desempenho no dia após a eleição presidencial nos EUA, segundo dados que remontam a 1932, de acordo com a Sundial Capital Research. O ganho médio do índice de referência nos três meses seguintes foi de 4,4%, segundo a análise.

“A boa reação inicial após a eleição foi um sinal muito bom”, disse em relatório Jason Goepfert, presidente da Sundial, acrescentando que esta foi a primeira vez que o S&P 500 subiu mais de 1,5% tanto no dia das eleições quanto na sessão seguinte.

O resultado da eleição ainda é incerto. O candidato democrata Joe Biden está perto da vitória contra o presidente Donald Trump, cuja equipe iniciou batalhas legais para impedir a contagem de votos em pelo menos dois estados.

O Senado deve ficar sob controle republicano, o que indica um escopo reduzido para novas medidas, como um grande estímulo, mas também uma menor probabilidade de aumento de impostos ou mais regulamentação – resultado que alguns investidores veem positivamente.

4. Serviços crescem pelo 2º mês no Brasil em outubro e otimismo avança, segundo PMI

A atividade do setor de serviços no Brasil cresceu pelo segundo mês seguido em outubro em meio ao relaxamento das restrições pelo coronavírus, com o otimismo chegando ao nível mais elevado desde fevereiro, antes do surto de Covid-19, segundo a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada nesta quinta-feira pelo IHS Markit.

Dando sequência à recuperação das contrações vistas entre março e agosto por conta da pandemia, o PMI de serviços do Brasil subiu a 52,3 em outubro de 50,4 em setembro, permanecendo acima da marca de 50 que separa crescimento de contração.

“Os resultados de outubro da pesquisa PMI no setor de serviços para o Brasil indicam uma economia em recuperação, com crescimento da atividade pelo segundo mês consecutivo após as contrações mobilizadas pela Covid-19 de março a agosto”, afirmou a diretora econômica do IHS Markit, Pollyanna De Lima.

“As empresas observaram um aumento na demanda pelos serviços, que elas atribuem ao relaxamento das restrições associadas à Covid-19, à reabertura de alguns negócios, ao aumento do turismo local e da confiança dos clientes”, completou ela.

Em outubro, o volume de novos pedidos aumentou pelo terceiro mês seguido, no ritmo mais forte desde janeiro. Entretanto, as empresas ainda notaram uma maior deterioração da demanda externa por serviços, mais acelerada do que em setembro.

5. Nova onda de Covid vai atrapalhar recuperação da Zona do Euro em 2021, diz Comissão Europeia

A zona do euro se recuperará em 2021 da recessão inédita causada pelo coronavírus neste ano, mas a recuperação será menor do que se esperava por causa da segunda onda de infecções, apontou uma previsão da Comissão Europeia nesta quinta-feira.

Em suas previsões econômicas de rotina para as 27 nações da União Europeia e os 19 países que compartilham o euro, o Executivo da UE alertou, entretanto, que a incerteza das previsões é excepcionalmente alta.

Ele reduziu a previsão de crescimento da zona do euro no ano que vem dos 6,1% estimados em julho para 4,2%, e viu um crescimento de 3% em 2022 na esteira da recessão inédita de 7,8% deste ano.

A Comissão Europeia disse que sua previsão supôs que as restrições relacionadas à Covid permanecerão em certa medida até 2022, mas que serão suavizadas gradualmente no ano que vem e que seu impacto econômico diminuirá ao longo do tempo.

A previsão também faz a suposição técnica de que não haverá um acordo comercial entre a UE e o Reino Unido em vigor em 1º de janeiro de 2021, quando o atual período de transição terminar, e que o comércio se baseará nos termos da Organização Mundial do Comércio (OMC).