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O que está movimentando os mercados nesta tarde? Veja os destaques

04 nov 2020, 12:53 - atualizado em 04 nov 2020, 12:53
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Veja os destaques desta tarde (Imagem: B3/Linkedin)

1. Ibovespa avança puxado por Itaú, mas eleição nos EUA adiciona volatilidade

Ibovespa avançava nesta quarta-feira, tendo superado 97 mil pontos na máxima, com Itaú Unibanco entre as maiores altas em meio a planos envolvendo sua participação na XP Inc, enquanto a apuração dos votos das eleições nos Estados Unidos também ocupa as atenções.

Por volta das 12h50, o Ibovespa subia 1,74%, a 97.645,35 pontos.

Nos EUA, o republicano Donald Trump enfrenta o oponente democrata Joe Biden para se manter no comando da maior economia do mundo, mas a disputa está bastante acirrada e apuração pode ainda levar dias. Uma das preocupações é de que um resultado muito apertado desencadeie uma disputa judicial.

Por lá, o Wall Street abriu em alta, após os futuros acionários mostrarem volatilidade mais cedo e na madrugada, com o S&P 500 em alta de 1,17%.

2. Caminho de Trump à Suprema Corte não será tão rápido como espera

O presidente dos Estados UnidosDonald Trump, disse que recorrerá à Suprema Corte para a suspensão da apuração de votos, enquanto tenta manter a liderança inicial nos principais estados considerados campos de batalha.

Mas Trump não pode fazer isso imediatamente, e não está claro se tem um argumento legal que possa afetar o resultado das eleições.

Os processos geralmente são levados à Suprema Corte do país após uma decisão de um juiz local e, em seguida, de outros tribunais de apelação. Em 2000, demorou mais de um mês para que a Suprema Corte emitisse a decisão histórica do processo George W. Bush versus Al Gore que finalmente decidiu a eleição daquele ano.

Enquanto a contagem continua em estados como Pensilvânia, Wisconsin e Michigan, Trump disse em discurso na manhã de quarta-feira – no qual também alegou vitória falsamente – que os atrasos na apuração eram “uma vergonha para o nosso país”.

“Esta é uma grande fraude sobre nossa nação”, disse Trump. “Queremos que a lei seja usada de maneira adequada.”

3. Bolsonaro critica Biden e reafirma apoio à reeleição de Trump

Em meio à acirrada eleição norte-americana, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender nesta quarta-feira a reeleição de Donald Trump e criticou o democrata Joe Biden, mas afirmou que suas posições não são uma interferência nas eleições do país.

Mesmo com a eleição ainda indefinida, podendo manter Trump na Presidência ou colocar Biden no comando dos Estados Unidos, Bolsonaro atacou o democrata por ter falado sobre Amazônia.

“O candidato Democrata em duas oportunidades falou sobre a Amazônia. É isso que vocês querem para o Brasil? Interferência de fora para dentro?”, disse em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, na manhã desta quarta.

Em um dos debates, Biden afirmou que iria reunir recursos –20 bilhões de dólares– em conjunto com outros países para que o Brasil acabasse com o desmatamento na Amazônia e que o país poderia sofrer sanções se não o fizesse. À época, Bolsonaro mostrou extrema irritação e classificou de desastrosa a fala do democrata.

Apesar do otimismo no governo ter crescido sobre uma possível reeleição de Trump, Bolsonaro seguiu o conselho de seus auxiliares e não falou sobre o resultado ainda incerto e nem cumprimentou o presidente norte-americano, apesar do próprio Trump, mesmo sem evidência, já ter dito que venceu a eleição.

4. Congresso inicia sessão para decidir derrubada de veto a folha de pagamento

Começou há pouco a Ordem do Dia do Congresso Nacional, em sessão que analisará vetos presidenciais e propostas de créditos adicionais (PLNs) ao Orçamento deste ano. No momento, acontece a primeira etapa da sessão, com a participação de deputados.

Um dos destaques é o Veto 26/20, que, em meio a 29 itens, impede a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia que empregam mais de 6 milhões de pessoas. Se mantido o veto, a desoneração acabará em 31 de dezembro.

O benefício a esses 17 setores havia sido estendido até o final de 2021 durante a votação, em maio, pela Câmara dos Deputados, da Medida Provisória 936/20. Aprovada com esse dispositivo também pelo Senado Federal, a MP deu origem à Lei 14.020/20.

A intenção do Congresso é derrubar o veto do presidente Jair Bolsonaro à desoneração. Para que isso ocorra, serão necessários no mínimo 257 votos na Câmara e 41 no Senado. Se mantido pela Casa deu origem a um item vetado, a outra não precisa se posicionar.

5. Vendas de etanol, a taxa superior a da gasolina, contra safra curta, justificam preços nas usinas

O crescimento das vendas de etanol em setembro também teve o acompanhamento do crescimento da comercialização de gasolina, mas a taxa maior que o desempenho do combustível de petróleo.

Foram 1,7 bilhão de litros, mais 21,9%, contra 3,66 bilhões/l negociados do outro carburante.

O volume de comercialização ajuda enxergar que se repetiu em outubro, de modo que justifica, em parte, a alta do biocombustível contra a queda da gasolina na semana passada e a expectativa de novos cortes, já que o petróleo veio abaixo dos US$ 40 o barril.

De segunda a sexta passada, o hidratado teve alta e 0,58%, ficando em R$ 2,0570, a sexta elevação semanal seguida na usina.

O cenário de fim de safra, considerada até antecipada para alguns analistas, como Money Times apresentou, portanto com produção menor e demanda pouco mais firme, alimentam a necessidade de as distribuidoras comparem um pouco mais para a entressafra. E as usinas impondo mais preços, já que administram melhor a lotação de seus tanques.

Os dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) também mostram que todos os estados apresentaram demanda mais aquecida – inclusive na gasolina -, mas em tirar das estatísticas que o consumo acumulado está abaixo de 2019.