Mercados

O que está movimentando os mercados nesta tarde? Veja os destaques

03 nov 2020, 13:07 - atualizado em 03 nov 2020, 13:07
Finanças Pessoais Economia Gráfico Calculadora Mercados
Confira as notícias que estão influenciando a bolsa (Imagem: Agência Brasil/Marcello Casal Jr)

1. Ibovespa avança com exterior favorável e balanços sob holofote

O sinal positivo prevalecia na bolsa paulista nesta terça-feira, volta de feriado, acompanhando os mercados no exterior, em meio a perspectivas relacionadas às eleições norte-americanas e mais estímulos econômicos nos Estados Unidos.

A temporada de balanços no Brasil também continua no radar, com BB Seguridade entre as empresas que divulgaram seus números mais cedo, enquanto Itaú Unibanco, IRB Brasil, TIM e Minerva, entre outros, são aguardados para o final do dia.

Às 13h, o Ibovespa subia 2,19%, a 95.991,77 pontos. Na máxima até o momento, superou os 96 mil pontos. O volume financeiro na bolsa era de 4,8 bilhões de reais.

Também sob os holofotes está a ata da última reunião do Copom, na qual o Banco Central endureceu mensagem sobre o eventual espaço para cortar a taxa básica de juros e frisou estar atento à piora do quadro fiscal.

Estrategistas de ações entram em novembro com o prognóstico de que será mais um mês volátil na bolsa paulista, em meio ao crescimento de casos de coronavírus na Europa e EUA e a eleição norte-americana, além de desafios fiscais no Brasil.

No exterior, os futuros acionários norte-americanos mostravam elevação nesta sessão, com apostando em vitória de Joe Biden na eleição presidencial contra Donald Trump, seguida de um acordo rápido sobre mais estímulo fiscal nos EUA.

2. Indústria renova expansão recorde em outubro com alta histórica de empregos, diz PMI

A expansão do setor industrial brasileiro ganhou força em outubro e renovou a máxima recorde diante do aumento da produção e de alta histórica na criação de empregos, segundo a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada nesta terça-feira.

O PMI da indústria brasileira alcançou a marca inédita na pesquisa, iniciada em 2006, de 66,7 em outubro, ante recorde anterior de 64,9 em setembro, informou o IHS Markit, com todos os três subsetores monitorados registrando melhora das condições operacionais, liderada pelos bens de produção. Leitura acima de 50 indica expansão da atividade.

“É encorajador ver os participantes da pesquisa PMI para a produção brasileira relatando uma melhora nas condições operacionais em outubro”, afirmou a diretora econômica do IHS Markit, Pollyanna De Lima.

“As taxas de expansão mensais para a produção, novos pedidos, exportações e empregos atingiram níveis recordes ou quase, indicando que o setor continuou a se recuperar das contrações historicamente severas acarretadas pelo surto da Covid-19 no início deste ano”, completou.

3. Bolsonaro é aconselhado a esperar resultado oficial de eleição nos EUA para se manifestar

Apesar da torcida aberta do presidente Jair Bolsonaro pela reeleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, a recomendação de diplomatas e assessores próximos ao presidente é que ele espere a declaração de um resultado oficial da disputada eleição norte-americana desta terça-feira para se manifestar, disseram à Reuters duas fontes que acompanham o tema.

Bolsonaro acompanha de perto as eleições nos Estados Unidos e na manhã desta terça se reuniu com o ministro das Relações Exteriores. Ernesto Araújo, o assessor para assuntos estratégicos da Presidência, almirante Flávio Rocha, e com o assessor internacional da Presidência, Filipe Martins, para analisar o cenário norte-americano e definir a estratégia de reação ao resultado.

A recomendação feita ao presidente, de acordo com uma das fontes, é que, dado ao cenário imprevisível da eleição, o presidente brasileiro se abstenha de cumprimentar um vencedor antes do anúncio do resultado oficial, o que deve levar alguns dias, mesmo que um deles, Trump ou o democrata Joe Biden, se declare vencedor.

O governo brasileiro trabalha com a possibilidade de Trump levar à Justiça o resultado das eleições, o que pode embolar ainda mais o processo e retardar o resultado. Nesse caso, Bolsonaro foi aconselhado também a não dar declarações que sugiram um lado.

4. Commodities se preparam para possível estresse se pesquisas confirmarem Biden vitorioso

As principais commodities tentam se equilibrar nos seus fundamentos nesta terça (3), com ganhos nas bolsas de mercadorias de Chicago (soja, milho e trigo), Nova York (café, açúcar e algodão) e Londres (petróleo), mas não se descarta o potencial de estresse que possa entrar nos preços já nas operações desta madrugada, a depender das pesquisas de boca de urna nas eleições dos Estados Unidos.

Além dos derivativos em alta, nesta parte do dia o dólar index está em queda e os índices futuros de ações nos Estados Unidos, S&P 500 e Dow, sobem, aproveitando indicadores econômicos americanos positivos.

Se Jose Biden ser apontado como o virtual vitorioso, como as pesquisas dão até aqui, e Donald Trump incendiar um cenário de contestação, os mercados financeiros podem ficar abalados e atraírem os ativos de maior risco para dentro.

Embora se espere que os resultados oficiais demorem, com o envio recorde de votos pelo correio, após o fechamento das urnas do pleito de hoje o mundo deverá ter uma ideia bastante plausível se Donald Trump fica na Casa Branca ou se dará lugar a Joe Biden.

5. Confiança dos empresários cai 0,4 ponto em outubro, diz FGV

O Índice de Confiança Empresarial (ICE), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) teve queda de 0,4 ponto na passagem de setembro para outubro deste ano. Essa foi a primeira queda depois de cinco altas consecutivas.

Com o resultado, a confiança dos empresários brasileiros chegou a 97,1 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. A queda foi puxada pelo Índice de Expectativas, que mede a confiança no futuro e que recuou 3,1 pontos, chegando a 97,9 pontos.

Já o Índice de Situação Atual Empresarial, que mede a percepção dos empresários sobre o presente, subiu 3,6 pontos, em sua sexta alta consecutiva chegando a 96,6 pontos.

“O recuo discreto da confiança empresarial pode ser entendido como um movimento de acomodação após uma sequência de altas que levaram o índice ao nível do período anterior à chegada da pandemia da covid-19 no país”, disse o pesquisador da FGV Aloisio Campelo Jr.

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