O que está movimentando os mercados nesta tarde? Veja os destaques
1. Ibovespa retoma sinal positivo após ajuste; PetroRio dispara 18%
A bolsa paulista buscava recuperar a tendência positiva nesta quinta-feira, após ajustes na véspera, com as ações da PetroRio (PRIO3)(disparando 18% e capitaneando os ganhos do Ibovespa, após comprar participações de dois blocos no pré-sal da BP.
Às 13h, o Ibovespa (IBOV) subia 0,23%, a 106.366,68 pontos. O volume financeiro era de 3,58 bilhões de reais.
Na véspera, o Ibovespa fechou em baixa, refletindo movimentos de realização de lucros após máximas desde março, endossados pela correção negativa também em Wall Street.
Na visão do estrategista Dan H. Kawa, da TAG Investimentos, o mercado continua refletindo uma rotação de portfólio para ativos de “valor e cíclicos”, em detrimento a “crescimento e tecnologia”.
“Acredito que estes dois últimos continuarão a ser temas seculares e com excelentes empresas e ações, mas muito me parece já precificado”, afirmou.
No exterior, o penúltimo pregão da semana era de certa acomodação, com o crescimento de casos de Covid-19 e novas medidas de restrição para tentar frear o avanço da doença justificando cautela após rali recente.
2. Economia global está se recuperando, mas pode estar perdendo força, diz chefe do FMI
A economia global está se recuperando do ápice da crise do coronavírus, mas há sinais de desaceleração do ritmo em países com ressurgimento das taxas de infecção, afirmou o Fundo Monetário Internacional em novo relatório para as principais economias do G20.
O relatório, divulgado antes das reuniões virtuais desta semana de autoridades financeiras e líderes do Grupo dos 20, ressaltou a natureza desigual da recuperação global e alertou que a crise provavelmente deixará cicatrizes profundas e desiguais.
Em uma postagem separada em blog, a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, elogiou o que chamou de progresso significativo no desenvolvimento de vacinas para eliminar um vírus que já ceifou mais de um milhão de vidas em todo o mundo e resultou em dezenas de milhões de empregos perdidos.
Mas ela advertiu que o caminho econômico à frente continua “difícil e sujeito a contratempos”.
O FMI projetou no mês passado uma contração global de 4,4% em 2020, com a economia global devendo se recuperar para um crescimento de 5,2% em 2021, mas disse que as perspectivas para muitos mercados emergentes pioraram.
3. Primeiras doses da CoronaVac chegam ao Brasil
As primeiras 120 mil doses da CoronaVac, potencial vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela chinesa Sinovac e que está sendo testada no Brasil pelo Instituto Butantan, chegaram ao aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, na manhã desta quinta-feira.
A carga, que chegou em sete contêiners refrigerados, faz parte de um lote de 6 milhões de doses prontas que estão sendo importadas da China e que ficarão armazenadas no Estado de São Paulo aguardando o posterior pedido de registro da vacina e aprovação dela pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O Butantan também importará insumos da China para a formulação e envase da vacina em suas instalações e iniciou obras em uma fábrica para, futuramente, realizar a produção integral do imunizante.
“Esse é o momento mais próximo que nós temos de voltar ao nosso normal. Só com a vacina poderemos garantir que o Brasil recupere todos os seus sonhos e deixe de perder vidas para uma doença como essa”, disse o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, de acordo com vídeo divulgado pelo governo paulista.
4. Negociador do Brexit na UE suspende conversas após caso de Covid-19 na equipe
O negociador do Brexit da União Europeia, Michel Barnier, disse nesta quinta-feira que vai suspender as negociações comerciais com seu colega britânico David Frost “por um curto período” depois que um dos membros de sua equipe testou positivo para o coronavírus.
“As equipes continuarão seu trabalho respeitando totalmente as diretrizes”, disse Barnier. As negociações entre a União Europeia e o Reino Unido sobre um novo acordo comercial a partir de 2021 estão em seu estágio final.
5. Pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA sobem inesperadamente
O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou inesperadamente na semana passada, já que uma nova rodada de fechamento de empresas para controlar a disseminação da Covid-19 desencadeou nova onda de demissões, desacelerando ainda mais a recuperação do mercado de trabalho.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego totalizaram 742 mil em dado ajustado sazonalmente na semana encerrada em 14 de novembro, em comparação com 711 mil na semana anterior, disse o Departamento do Trabalho dos EUA nesta quinta-feira.
Economistas consultados pela Reuters previam 707 mil pedidos na última semana.