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O que está movimentando os mercados nesta tarde? Veja os destaques

18 nov 2020, 12:56 - atualizado em 18 nov 2020, 12:57
Europa-Mercados
Veja as principais notícias da tarde (Imagem: REUTERS/Ralph Orlowski)

1. Ibovespa perde fôlego e recua após renovar máximas desde março; varejistas sobem

A bolsa paulista buscava se manter acima dos 107 mil pontos nesta quarta-feira, em meio a ambiente favorável a ativos de risco nos mercados no exterior, apoiado no otimismo com o desenvolvimento de vacina contra o coronavírus, mas sem tirar do radar o crescimento de casos na Europa e EUA.

Às 13h (horário de Brasília), o Ibovespa (IBOV) caía 0,95%, a 106.228,36 pontos.

Na véspera, o Ibovespa à vista, referência do mercado acionário brasileiro, subiu 077%, a 107.248,63 pontos, maior patamar de fechamento desde o início de março, algumas semanas antes das decretações de quarentena no país.

De acordo com a equipe do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, em nota a clientes, uma segunda onda de contágio pelo Covid-19 e notícias sobre vacinas seguem no radar de investidores.

Nesse contexto, a Pfizer informou nesta quarta-feira que os resultados finais do teste de estágio avançado de sua vacina para Covid-19 mostram que ela é 95% eficaz, acrescentando ter os dados de segurança exigidos referentes a dois meses.

A farmacêutica reiterou que espera produzir até 50 milhões de doses de vacinas este ano, o suficiente para proteger 25 milhões de pessoas, e então produzir até 1,3 bilhão de doses em 2021.

Na véspera, dados preliminares dos testes clínicos com a CoronaVac, vacina experimental da chinesa Sinovac, mostraram que ela induziu uma rápida reposta imune, embora o nível de anticorpos produzidos tenha sido menor do que o visto em pessoas que se recuperaram da doença.

2. BC vai atuar se mercado não puder absorver US$ 15 bi previstos para o final do ano

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, afirmou nesta quarta-feira que a autoridade monetária está preparada para atuar no câmbio caso o mercado não seja capaz de reabsorver o volume elevado de recursos relacionados ao desmonte de posições de “overhedge” dos bancos.

Segundo Serra, o sistema financeiro já repatriou cerca de 20 bilhões de dólares em antecipação às mudanças de tributação da variação cambial de investimentos no exterior, que começarão a entrar em vigor no final deste ano, e há ainda cerca de 30 bilhões de dólares pendentes até essa data-limite. Desse total, 50% teriam de ser executados até 31 dezembro.

“O Banco Central nunca negou que esse volume de 15 bilhões de dólares aproximadamente para ser executado no último dia do ano é um volume bastante significativo. Pode ser que tenha um risco de o mercado não ter a capacidade, não ter profundidade, para digerir”, disse Serra.

“Se a gente entender que o mercado não está sendo capaz de digerir esse volume, que isso está afetando o funcionamento do mercado, para preservar isso o Banco Central vai atuar, isso é natural, não é nenhuma surpresa”, completou.

3. Economia do Chile encolhe 9,1% no 3º trimestre sobre ano anterior, diz Banco Central

Produto Interno Bruto do Chile contraiu 9,1% no terceiro trimestre de 2020 em comparação com o mesmo período do ano anterior, disse o banco central nesta quarta-feira, conforme a economia continua a sofrer com meses de estagnação provocada pelo coronavírus.

Entretanto o PIB cresceu 5,2% ante o segundo trimestre, disse o banco central, mostrando sinais de uma lenta recuperação.

A economia do maior produtor de cobre do mundo começou a mostrar retomada após o pico do surto de coronavírus em maio e junho.

O crescimento no Chile também recebeu impulso da aprovação de uma lei em julho que permitiu que milhões de chilenos retirassem 10% de suas aposentadorias junto ao sistema privado de previdência. Muito desse dinheiro foi imediatamente reinjetado na economia.

4. UE aconselha gasto governamental temporário e direcionado para recuperação da Covid

Os governos da zona do euro deveriam continuar gastando no ano que vem para apoiar a recuperação econômica da recessão causada pela pandemia de Covid-19, mas de forma que o estímulo extra seja temporário e direcionado, recomendou a Comissão Europeia nesta quarta-feira.

“Enquanto a emergência de saúde persiste, as diretrizes fiscais deveriam continuar dando amparo a todos os Estados-membros da área do euro ao longo de 2021”, disse a entidade em recomendações formais que serão endossadas pelos ministros das Finanças.

“As diretrizes deveriam ser ajustadas às circunstâncias específicas dos países e ser oportunas, temporárias e direcionadas”, disseram as recomendações que moldarão a política fiscal dos 19 países que compartilham o euro.