O que está movimentando os mercados nesta tarde? Veja os destaques
1. Ibovespa sofre para se manter acima de 106 mil pontos; bancos recuam e varejo salta
A bolsa paulista sinalizava uma sessão de ajustes nos primeiros negócios desta terça-feira, após o Ibovespa fechar próximo de níveis pré-pandemia na véspera, acompanhando movimentos de realização de lucros em pregões no exterior.
Às 13h (horário de Brasília), o Ibovespa (IBOV) subia a,53% a 106.991,72 pontos.
O Ibovespa fechou na véspera acima dos 106 mil pontos, o que não acontecia desde o começo de março, mês que marca o agravamento da crise desencadeada pela pandemia de Covid-19 no Brasil.
Em Wall Street, os futuros do S&P 500 e do Dow Jones experimentavam uma pausa nesta terça-feira, um dia após atingirem máximas recordes de fechamento.
2. Vendas no varejo recuam 7,7% em outubro, mostra ICVA
As vendas no varejo brasileiro caíram 7,7% em outubro ante o mesmo período de 2019, mostrou o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), que acompanha mensalmente a evolução de 1,5 milhão de varejistas credenciados à empresa de meios de pagamentos.
Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista, a queda foi de 1,6%.
Apesar do recuo ano a ano, foi o sétimo mês seguido de recuperação, com setores como alimentação e veterinárias e pet shops entre os destaques positivos, enquanto materiais de construção e automotivo apresentaram desaceleração.
Em setembro, as vendas reais caíram 7,9%, e as vendas nominais contraíram 3,5%,
3. Campos Neto reforça que há tranquilidade com inflação
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reafirmou nesta terça-feira que há tranquilidade da autoridade monetária em relação à inflação.
“O Banco Central está olhando, está monitorando e entendemos que grande parte do movimento recente é temporal”, disse ele, ao falar em evento organizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
O presidente do BC voltou a avaliar que uma parte do movimento inflacionário é ligada à alta do câmbio, com outra parte advinda dos efeitos na economia da concessão do auxílio emergencial e também do impacto nos preços do chamado efeito substituição, com os brasileiros consumindo menos serviços em meio à pandemia e direcionando seus gastos à alimentação em domicílio.
O presidente do BC apontou que há “realmente” um aumento de prêmio de risco nos títulos públicos. Ele afirmou que a ação conjunta do BC com o Tesouro implementada recentemente foi importante para tratar com o elemento técnico, mas afirmou que é preciso voltar à disciplina fiscal para que haja estabilização nos preços.
4. Economia deve receber injeção de R$ 110 bilhões até janeiro, estima Sachsida
O secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, estimou nesta terça-feira que cerca de 110 bilhões de reais devem ser injetados na economia até janeiro por medidas tomadas durante a crise do coronavírus, recursos que irão ajudar na força da retomada.
O volume contempla a concessão do auxílio emergencial –45 bilhões de reais que ainda não foram pagos aos que têm direito– e os saques do FGTS ainda não realizados. Também entram na conta os recursos poupados com o auxílio emergencial que já foram pagos, disse Sachsida, sem especificá-los.
“Isso nos dá muita convicção que a economia terá a necessária tração para, liderada pelo setor de serviços, fechar 2020 com tração, entrar bem em 2021 e, passo a passo em 2021 caminharmos para um crescimento cada vez maior e mais sustentável”, destacou.
O desemprego no Brasil está vindo majoritariamente do setor informal, que é mais flexível, e estimou que a população ocupada irá crescer em 2021 com redução do distanciamento social.
5. Produção manufatureira dos EUA acelera em outubro
A produção manufatureira dos Estados Unidos acelerou em outubro, embora a explosão de novas infecções por Covid-19 no país possa prejudicar fábricas e colocar a recuperação em risco.
A produção manufatureira aumentou 1,0% no mês passado, informou o Federal Reserve nesta terça-feira. Os dados de setembro foram revisados para cima, para mostrarem alta de 0,1%, ao invés do recuo de 0,3% informado anteriormente.
A produção nas fábricas permanece abaixo do nível pré-pandemia. Economistas consultados em pesquisa da Reuters projetavam aumento de 1,0% na produção manufatureira em outubro.