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O que está movimentando os mercados nesta tarde? Veja os destaques

16 nov 2020, 13:08 - atualizado em 16 nov 2020, 13:08
Ibovespa Mercados Ações
Veja as principais notícias desta tarde (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

1. Ibovespa chega a superar 106 mil pontos pela 1ª vez desde março

O sinal positivo prevalecia na bolsa paulista na abertura desta segunda-feira, com o Ibovespa ultrapassando 106 mil pontos pela primeira vez desde março, na esteira do clima mais favorável no exterior por notícias de avanços em vacina contra o coronavírus.

Por volta das 13h (horário de Brasília), o Ibovespa (IBOV) subia 0,57%, a 105.638,58 pontos.

No Brasil, o mercado acionário também começa a semana com o resultado da Azul e os números da Qualicorp e Notre Dame Intermédica previstos para após o fechamento do pregão, que ainda será marcado por vencimento de opções sobre ações.

Em Wall Street, o mini contrato futuro do S&P 500 (SPX) subia 1%, após a farmacêutica Moderna anunciar nesta segunda-feira que sua vacina experimental é 94,5% eficaz na prevenção da Covid-19, com base em dados preliminares de um estudo clínico em estágio avançado.

Guide Investimentos ressaltou também declarações da nova equipe de consultores da Casa Branca de que um lockdown nacional não está em seus planos.

2. Mesmo sem indícios de fraudes, Bolsonaro volta a questionar urnas eletrônicas

O presidente Jair Bolsonaro voltou a questionar a confiabilidade das urnas eletrônicas e do sistema de votação brasileiro, apesar dos órgãos oficiais não terem registrado nenhum indício de fraudes ou problemas do tipo nas eleições municipais deste domingo.

Em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, nesta segunda-feira, Bolsonaro afirmou que o país precisa “de um sistema de apuração que não deixe dúvidas”.

“Tem que ser confiável e rápido. Não deixar margem para dúvidas”, acrescentando que apenas o Brasil usa urnas eletrônicas, o que não é verdade.

No domingo, depois de um atraso no sistema de totalização dos dados pelo Tribunal Superior Eleitoral, somado a resultados desfavoráveis à extrema-direita em praticamente todos os Estados, bolsonaristas começaram a questionar o sistema nas redes sociais, levantando hashtags que falavam abertamente de fraude.

Uma das deputadas mais fiéis a Bolsonaro, Carla Zambelli (PSL-SP), mostrou sua incredulidade com os resultados em um post no Twitter em que também levantava a hipótese de fraude.

3. Trump pode anunciar mais ações contra China nas próximas semanas

O presidente dos Estados UnidosDonald Trump, planeja várias medidas contra a China nas semanas restantes de seu mandato, de acordo com uma autoridade do governo, o que poderia limitar as ações do presidente eleito Joe Biden.

As medidas em estudo incluem proteger o setor de tecnologia dos EUA dos interesses de militares da China, combater a pesca ilegal e mais sanções contra autoridades do Partido Comunista ou instituições que causam danos em Hong Kong ou na região de Xinjiang, no oeste do país, disse a autoridade, sem fornecer detalhes.

“A menos que Pequim reverta o curso e se torne um player responsável no cenário global, reverter as ações históricas do presidente Trump será politicamente suicida para futuros presidentes dos EUA”, disse John Ullyot, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, em comunicado.

O site Axios informou anteriormente que Trump poderia anunciar sanções ou restrições comerciais contra mais empresas chinesas, entidades governamentais ou autoridades, citando violações de direitos humanos ou ameaças à segurança nacional dos EUA. A equipe de transição de Biden disse que não faria comentários sobre a notícia por enquanto.

O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, disse em conferência de imprensa em Pequim na segunda-feira que “a cooperação é o único caminho certo a seguir”.

4. Pode ser tarde demais para acordo comercial do Brexit, diz autoridade da UE

Uma autoridade sênior da União Europeia disse nesta segunda-feira que “já pode ser tarde demais” para fechar qualquer acordo comercial com o Reino Unido antes de que sua filiação informal à União Europeia expire no final deste ano caso os negociadores do Brexit fechem um acordo nesta semana ou na próxima.

A Irlanda, o país da UE mais exposto ao Brexit, disse nesta segunda-feira que o Reino Unido e o bloco têm até 10 dias para destravar as negociações e evitar que tarifas e cotas retirem o valor estimado de um trilhão de dólares em comércio anual em apenas seis semanas.

“Eles ainda não chegaram exatamente aonde esperavam”, disse um dos diplomatas da UE, enquanto as conversas entre o negociador do bloco, Michel Barnier, e seu colega britânico, David Frost, eram retomadas em Bruxelas.

Um diplomata sênior da UE, também falando sob condição de anonimato, acrescentou: “O Reino Unido tem escolhas a fazer”.

Uma terceira fonte diplomática da UE disse: “Não se pode dizer que as coisas não mudaram, uma vez que os negociadores estão escrevendo um texto jurídico juntos. Portanto, há algum avanço. Mas ainda falta muito.”

5. Fundo de recuperação da UE pode sofrer atrasos por risco de veto

A negociação sobre o pacote de recuperação econômica da União Europeia, financiado conjuntamente, corre o risco de mais atrasos, alertou um diplomata na segunda-feira, após Hungria e Polônia insistirem que vetarão o processo.

Embora líderes da UE tenham fechado um acordo em julho sobre o orçamento do bloco para os próximos sete anos, juntamente com um programa de estímulo financiado por dívida conjunta, partes do pacote ainda precisam de apoio unânime dos estados membros. As negociações entre os embaixadores na tarde de segunda-feira em Bruxelas não devem produzir consenso, disse o diplomata, que não quis ser identificado.

Hungria e Polônia disseram que discordam de um acordo fechado na semana passada entre a Alemanha, que representa os governos nacionais nas negociações, e parlamentares da UE, que também têm poder de veto, sobre exigências para o o desembolso de 1,8 trilhão de euros (US$ 2 trilhões). Os dois governos do Leste Europeu dizem que a chamada condicionalidade do estado de direito os estigmatiza injustamente em relação a seus padrões democráticos.