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O que está movimentando os mercados nesta tarde? Veja os destaques

13 nov 2020, 12:54 - atualizado em 13 nov 2020, 12:54
Veja as principais notícias desta tarde (Imagem: Pixabay)

1. Ibovespa ensaia melhora com NY e bateria de balanços

A bolsa paulista ensaiava recuperação nesta sexta-feira, na esteira de uma bateria de balanços corporativos, com Cyrela (CYRE3) entre as maiores altas após lucro bilionário ajudado por IPOs e desempenho operacional, assim como Natura&Co (NTCO3), que registrou forte resultado trimestral.

O último pregão da semana – que deve fechar no azul – também conta com dados melhores sobre recuperação da economia brasileira no terceiro trimestre apontados pelo IBC-Br, mas um cenário misto no ambiente global.

Por volta das 13h, o Ibovespa subia 1,03%, a 103.561,24 pontos, acumulando até o momento alta de 2,3% na semana e ampliando os ganhos no mês para 9,9%. O volume financeiro nesta sexta-feira somava 3,7 bilhões de reais.

Nos Estados Unidos, os futuros dos índices acionários avançavam, em meio a resultados positivos de Disney e Cisco, enquanto agentes financeiros seguem contrabalançando expectativas positivas para uma vacina contra a Covid-19 e cautela com o aumento de casos e novas restrições.

2. Banco Central aumenta incerteza sobre velocidade de retomada da economia

A velocidade da retomada da atividade econômica ainda é incerta. A avaliação é do Banco Central, que divulgou hoje (13) o Boletim Regional, uma publicação trimestral com análise das condições da economia por regiões do país.

Mais cedo, foi divulgado o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período).

No terceiro trimestre deste ano, o indicador apresentou expansão de 9,47% na comparação com o segundo trimestre. Em setembro, comparado a agosto, houve expansão de 1,29%. Em relação ao terceiro trimestre de 2019, foi registrada queda de 3%. Em 12 meses encerrados em setembro, houve retração de 3,32%.

Segundo o Boletim Regional, indicadores recentes da atividade “sugerem recuperação desigual” entre setores na economia brasileira.

“Os programas governamentais de recomposição de renda favoreceram retomada relativamente forte do consumo de bens. Contudo, várias atividades do setor de serviços, sobretudo aquelas mais diretamente afetadas pelo distanciamento social, permanecem bastante deprimidas”, diz a instituição.

3. Williams, do Fed, diz que aumento de infecções pode desacelerar crescimento econômico dos EUA

economia dos Estados Unidos está em uma trajetória positiva, mas ainda em um “buraco profundo”, e o aumento nas infecções por coronavírus pode desacelerar o crescimento, disse o presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams, nesta sexta-feira.

“O grande aumento nos casos de Covid recentemente coloca claramente o mercado em dúvida sobre a capacidade da economia de resistir a este período”, disse Williams em uma entrevista ao Financial Times. “Eu esperaria que o crescimento no quarto trimestre, e talvez no início do próximo ano, desacelerasse um pouco.”

A capacidade de superar completamente o vírus dependerá do desenvolvimento de vacinas e outros tratamentos, e o progresso anunciado recentemente nessas frentes ofereceu “sinais positivos” sobre a capacidade de superar a Covid-19 no próximo ano, disse Williams.

A Pfizer anunciou nesta semana que sua vacina experimental para a Covid-19 é mais de 90% eficaz, de acordo com resultados de testes iniciais.

Apesar das boas notícias, Williams disse que está ainda mais preocupado com a possibilidade de a inflação permanecer muito baixa nos próximos anos, à medida que a economia continua a se recuperar e milhões de pessoas tentam voltar ao trabalho.

4. Guedes adverte que pode ser difícil manter atual ritmo de criação de empregos

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira que o ritmo de criação de empregos no país está tão forte que talvez seja difícil mantê-lo.

“É um fato que Brasil está saindo da recessão”, disse o ministro durante participação no Encontro Nacional do Comércio Exterior (Enaex).

O ministro reafirmou que o governo não descumprirá o teto de gastos, o que classificou como uma “barreira contra a irresponsabilidade”, e afirmou que os impostos não serão elevados.

5. IBC-Br tem alta de 1,29% em setembro e fecha 3º tri com ganho de 9,47%

economia brasileira mostrou recuperação com crescimento recorde no terceiro trimestre diante do relaxamento das medidas de contenção ao coronavírus e auxílio do governo, mas insuficiente para compensar as perdas históricas nos três meses anteriores sob os efeitos da pandemia.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou alta de 1,29% em setembro sobre o mês anterior, acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 1,0%.

Com isso, o indicador encerrou o período de julho a setembro com ganho recorde para a série histórica iniciada em janeiro de 2003 de 9,47% sobre os três meses anteriores.

Mas o resultado não foi suficiente para apagar o mergulho de 10,18% no segundo trimestre em dado revisado pelo BC nesta sexta-feira.

O IBC-Br mostra que os maiores impactos da pandemia de Covid-19 foram sentidos em março e abril, com a atividade entrando em um processo de recuperação desde então com a flexibilização das medidas de isolamento.