O que está movimentando os mercados nesta tarde? Veja as 5 principais notícias
1. IRB Brasil RE dispara após resultado mensal; adia pagamento de JCP
As ações do IRB Brasil (IRBR3) operam com forte alta nesta segunda-feira após a divulgação de dados mensais de outubro. A resseguradora apresentou prejuízo de R$ 23,8 milhões no mês. No entanto, desconsiderando os efeitos não recorrentes, houve lucro líquido R$ 110,3 milhões.
O faturamento bruto (prêmio emitido) somou R$ 692,9 milhões, crescimento de 17,9% no comparativo anual. O índice de sinistralidade chegou a 82,1% em outubro, ou 59,4% excluídos os efeitos extraordinários. A despesa de sinistro foi de R$ 347,5 milhões.
Às 14h07, os papéis da companhia saltavam 9,67% a R$ 7,94.
O IRB também anunciou o adiamento do pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) no valor total atualizado de R$ 28 milhões. A operação estava prevista para amanhã, 29 de dezembro.
O pagamento foi postergado até que a Superintendência de Seguros Privados (Susep) certifique formalmente o cumprimento dos índices regulatórios exigidos no Plano de Regularização de Liquidez (PRL) apresentado pela companhia e aprovado pela autarquia.
2. Mercado ajusta projeções e passa a ver juros básicos mais altos em 2021
As estimativas do mercado sobre a taxa básica de juros em 2021 foram ajustadas. De acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central, os especialistas passaram a ver a Selic a 3,13%, patamar ligeiramente mais alto em relação aos 3% estimados antes.
3. Com apenas alguns dias até prazo final, Reino Unido pede que empresas se preparem para fim da transição do Brexit
Apenas alguns dias antes do fim da transição, o Reino Unido pediu que as empresas se preparassem para o Brexit.
De acordo com Michael Gove, ministro do gabinete britânico, “há mudanças práticas e de procedimentos para as quais as empresas e os cidadãos precisam se preparar, e o tempo para fazer esses preparativos finais é muito curto”.
As empresas precisarão se ajustar à saída do Reino Unido do Mercado Único e da União Aduaneira da União Europeia.
“O negócio está fechado, mas com grandes mudanças vêm o desafio e a oportunidade”, disse o ministro.
O Reino Unido e a União Europeia fecharam um acordo comercial na quinta-feira que preserva o acesso com tarifa zero e cota zero ao mercado único do bloco.
4. Acordo de investimentos União Europeia-China deve ser alcançado nesta semana
Uma autoridade sênior da União Europeia disse nessa segunda-feira que o bloco econômico e a China devem fechar um acordo de investimento nesta semana. O acordo garantirá um acesso melhor às empresas da União Europeia ao mercado chinês, além de maior proteção aos seus ativos no país asiático.
“O acordo já pode ser fechado nesta semana”, disse. O pacto pode ser fechado durante uma videoconferência na quarta-feira.
As negociações sobre o acordo começaram em 2014, mas ficaram paralisadas por anos por queixas da União Europeia de que a China não cumpria promessas de retirar restrições aos investimentos do bloco.
Segundo a autoridade, um acordo pode finalmente ser fechado com a mudança na posição da China, apoiada pelas tensões nas relações comerciais com os Estados Unidos.
5. Divulgação fragmentada de dados sobre eficácia pode minar credibilidade da CoronaVac
Especialistas alertaram que a confiança na CoronaVac pode ser minada com as divulgações inconstantes e fragmentadas de dados sobre a eficácia da vacina.
Na quinta-feira, pesquisadores turcos disseram que a vacina da Sinovac é 91,25% eficaz com base em uma análise provisória. No entanto, o Brasil disse no mesmo dia que a eficácia ficou entre 50% e 90%.
Especialistas afirmam que não uma vacina pode mostrar níveis de eficácia diferentes em situações variadas, já que os protocolos de testes, o volume dos dados e a população podem influenciar os resultados. No entanto, eles reconhecem que a forma como os dados da CoronaVac são divulgados criam confusão.
O Brasil adiou a divulgação de seus dados de eficácia da CoronaVac três vezes. Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China disse nesta segunda-feira que os desenvolvedores de vacina do país estão avançando “com uma aderência estrita aos princípios científicos e às exigências regulatórias”.