O que está movimentando os mercados hoje? Veja os destaques desta tarde
1. Ibovespa segura os 101 mil pontos com noticiário corporativo e estímulos nos EUA
O Ibovespa flertava com os 101 mil pontos nesta quarta-feira, após alguma hesitação nos primeiros negócios, com o noticiário corporativo ocupando os holofotes enquanto agentes financeiros acompanham as negociações nos Estados Unidos para mais estímulos fiscais.
Às 13 horas (horário de Brasília), o Ibovespa (IBOV) subia 0,46%, a 101.002,39 pontos. Na máxima, chegou a 101.148,97 pontos.
Nos Estados Unidos, Casa Branca e democratas tentam chegar a um acordo antes das eleições em novembro, embora muitos obstáculos permaneçam, incluindo o montante final do pacote de alívio aos efeitos econômicos do Covid-19.
O índice Dow Jones (DJI) subia 0,15%, a 28.292 pontos, enquanto o S&P 500 (SPX) ganhava 0,20%, a 3.834 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq (US100) ganhava 0,08%, a 11.673 pontos.
2. Prévia da confiança da indústria indica salto a máxima desde 2011, diz FGV
A confiança da indústria no Brasil deve apresentar alta pelo sexto mês consecutivo em outubro, mostrou uma prévia da Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira, que indicou que o sentimento do setor deve atingir uma máxima em mais de nove anos em meio a melhora na percepção sobre o momento atual.
A prévia da Sondagem da Indústria de outubro sinaliza salto de 4,0 pontos do Índice de Confiança da Indústria (ICI) em relação a setembro, a 110,7 pontos, nível que seria o mais alto desde abril de 2011 (111,6 pontos).
Em nota, a FGV disse que “o crescimento da confiança nesta prévia decorre principalmente de melhores avaliações dos empresários em relação ao presente”, com o Índice de Situação Atual avançando 5,9 pontos, a 113,2 pontos.
O Índice de Expectativas –que acompanha a percepção dos empresários em relação ao futuro da indústria– teve alta de 2,2 pontos na prévia de outubro, para 108,1 pontos.
Desde maio, a confiança da indústria brasileira tem apresentado tendência constante de alta, refletindo o alívio dos investidores com a retomada econômica depois que restrições para combate do coronavírus pressionaram os negócios no início do ano.
3. Ministério da Saúde não pretende comprar vacinas produzidas na China contra Covid-19, diz secretário-executivo
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, informou nesta quarta-feira que a pasta não tem intenção de comprar vacinas produzidas na China e que não houve compromisso com o governo de São Paulo para compra, mas sim a assinatura de um “protocolo não-vinculante”.
Segundo o secretário, houve uma má interpretação das informações e o protocolo prevê a aquisição de uma “vacina brasileira”, desde que certificada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no caso de ser a primeira a ficar disponível.
“Qualquer vacina quando estiver disponível, certificada pela Anvisa e adquirida pelo Ministério da Saúde ficará disponível para a população. No que depender desta pasta, não será obrigatória”, disse o secretário-executivo.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou na terça-feira, em reunião com governadores, que o ministério iria adquirir 46 milhões de doses da vacina Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan com tecnologia da chinesa Sinovac, assim que houvesse concessão do registro pela Anvisa.
Nesta quarta, o presidente Jair Bolsonaro, respondendo a apoiadores nas redes sociais, afirmou que a vacina não seria comprada. Depois, em post próprio, reafirmou que não seria comprada e que o povo brasileiro não seria tratado como cobaia.
4. Negociações do Brexit podem ser retomadas para pacto em novembro
As negociações comerciais entre o Reino Unido e a União Europeia podem ser retomadas após um contato positivo entre os dois lados, disseram três pessoas a par das discussões.
A decisão pode ser tomada nas próximas 24 horas, e os negociadores estariam prontos para se sentar imediatamente com o objetivo de fechar um acordo até meados de novembro, de acordo com as pessoas, que falaram sob condição de anonimato.
O negociador-chefe do Reino Unido, David Frost, planeja conversar com seu homólogo da UE, Michel Barnier, na quarta-feira para discutir como pôr fim ao impasse, que paralisou as negociações formais por uma semana. As pessoas disseram que não havia garantia de nenhuma decisão até a conversa.
Até agora, o Reino Unido disse que a UE não convenceu o primeiro-ministro Boris Johnson de que mudou sua abordagem o suficiente para permitir o reinício das negociações.
5. FMI corta previsão de crescimento da Ásia e alerta para riscos da pandemia
O Fundo Monetário Internacional reduziu a previsão econômica deste ano para a Ásia, refletindo uma contração mais acentuada do que a esperada em países como a Índia, um sinal de que a pandemia de coronavírus continua causando um grande impacto na região.
Embora o FMI tenha melhorado a previsão de crescimento para o próximo ano, ele alertou que a recuperação será lenta e desigual, com países dependentes do turismo sofrendo um duro golpe.
“O medo da infecção e as medidas de distanciamento social estão diminuindo a confiança do consumidor e manterão a atividade econômica abaixo da capacidade até que uma vacina seja desenvolvida”, disse o FMI em um relatório sobre a região da Ásia-Pacífico divulgado nesta quarta-feira.
“Embora a recuperação da China possa impulsionar o comércio regional, o fraco crescimento global, o fechamento das fronteiras e as crescentes tensões em torno do comércio, tecnologia e segurança pioraram as perspectivas de uma recuperação liderada pelo comércio na região.”