O que está movimentando os mercado nesta tarde? Veja os destaques
1. Ibovespa cede com realização de lucros após bater 110 mil pontos; CVC salta 5%
A bolsa paulista não mostrava um viés claro nos primeiros negócios desta quarta-feira após ganhos nas últimas duas sessões que fizeram o Ibovespa encostar nos 110 mil pontos. Investidores digeriam uma bateria de dados norte-americanos divulgados nesta manhã, antes de feriado nos Estados Unidos na quinta-feira.
Às 13h (horário de Brasília), o Ibovespa (IBOV) cedia 0,16%, a 109.610,59 pontos.
Na véspera, o Ibovespa subiu mais de 2%, renovando máximas desde fevereiro, beneficiado pelo apetite a risco global, na esteira de dados promissores sobre a eficácia de vacinas contra o coronavírus, além de otimismo com a transição de poder nos EUA.
Uma bateria de dados econômicos dos EUA também ocupavam as atenções, entre eles um aumento não esperado nos pedidos semanais de auxílio-desemprego, enquanto a pauta da tarde reserva a ata da última reunião do Federal Reserve.
Em Wall Street, o S&P 500 (SPX) cedia 0,43%. Na quinta-feira, as bolsas em Nova York estarão fechadas em razão do Dia de Ação de Graças.
2. Confiança do consumidor no Brasil cai pelo 2° mês consecutivo em novembro, diz FGV
A confiança do consumidor no Brasil apresentou sua segunda queda mensal consecutiva em novembro, com as incertezas relacionadas à pandemia de Covid-19 abalando a percepção do setor sobre o momento atual e os próximos meses, disse nesta quarta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) teve queda de 0,7 ponto em novembro, a 81,7 pontos.
Segundo a FGV, houve piora tanto na percepção sobre a situação atual quanto nas expectativas para os próximos meses.
O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 0,6 ponto, a 71,8 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) recuou 0,9 ponto, para 89,3.
“O resultado reflete o aumento da incerteza relacionada à pandemia e seu potencial impacto sobre a economia“, disse em nota Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens.
“Com o provável fim do período de benefícios emergenciais, muitos consumidores que perderam o emprego este ano devem retornar ao mercado de trabalho num momento em que as empresas ainda estarão adiando contratações ou demitindo, principalmente no caso de ocorrência de uma segunda onda de Covid-19″, acrescentou.
Nos primeiros meses da pandemia, o governo brasileiro custeou um auxílio no valor de 600 reais mensais para os chamados vulneráveis. A partir de setembro, o valor foi reduzido para 300 reais.
3. Chefe da UE diz que Brexit sem acordo ainda é possível apesar de progresso em negociações com Reino Unido
A chefe do Executivo da União Europeia citou nesta quarta-feira “progresso genuíno” nas negociações do Brexit, mas disse que o risco de o Reino Unido deixar a UE sem um novo acordo comercial em 31 de dezembro permanece, um resultado para o qual o bloco está preparado.
O Reino Unido e a UE estão em um último esforço para chegar a um acordo para manter o comércio fluindo sem tarifas ou cotas a partir do início de 2021, após o término da atual transição de Londres em sua saída do bloco de 27 países.
“Os próximos dias serão decisivos”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. “A União Europeia está bem preparada para um cenário sem acordo, mas é claro que preferimos chegar a um pacto.”
“Com muito pouco tempo pela frente, faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para chegar a um acordo. Estamos prontos para ser criativos. Mas não estamos prontos para colocar em dúvida a integridade do nosso mercado único”, acrescentou.
Os negociadores concordaram com o esboço de um novo tratado de parceria sobre bens e serviços, bem como sobre transporte, disse ela, acrescentando que “progressos genuínos” foram feitos em questões que vão da cooperação judiciária à coordenação de benefícios sociais.
4. Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA voltam a subir
O número de norte-americanos que entraram com pedidos de auxílio-desemprego pela primeira vez aumentou ainda mais na semana passada, sugerindo que uma explosão de novas infecções por Covid-19 e restrições comerciais estavam impulsionando as dispensas e minando a recuperação do mercado de trabalho.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego totalizaram 778 mil em dado com ajuste sazonal na semana encerrada em 21 de novembro, em comparação com 748 mil na semana anterior, informou o Departamento do Trabalho dos EUA nesta quarta-feira.
Economistas consultados pela Reuters previam 730 mil solicitações na última semana.
O relatório semanal de pedidos de auxílio-desemprego, o dado mais oportuno sobre a saúde da economia, foi publicado um dia antes por causa do feriado norte-americano do Dia de Ação de Graças, na quinta-feira.
Os Estados Unidos foram afetados por uma nova onda de infecções por coronavírus, com os casos diários excedendo 100 mil desde o início de novembro. Mais de 12 milhões de pessoas foram infectadas no país, de acordo com uma contagem de dados oficiais da Reuters.
5. Inflação da construção civil brasileira fica em 1,29% em novembro
O Índice Nacional de Custo da Construção registrou inflação de 1,29% em novembro deste ano. A taxa é inferior ao 1,69% observado em outubro, de acordo com dados divulgados hoje (25) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O INCC-M acumula taxas de inflação de 7,71% no ano e de 7,86% em 12 meses.
Os materiais e equipamentos registraram inflação de 2,85% em novembro, abaixo dos 4,12% de outubro. Por outro lado, os serviços e a mão de obra tiveram alta da taxa de inflação.
A inflação dos serviços subiu de 0,33% em outubro para 0,73% em novembro. Já a taxa da mão de obra passou de 0,19% para 0,24%.