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O que está movimentando os mercados nesta tarde? Veja os destaques

26 out 2020, 13:30 - atualizado em 26 out 2020, 13:30
Mercados Wall Street Ações
Veja as notícias que estão influenciando o dia (Imagem: Reuters/Brendan McDermid)

1. Ibovespa avança com noticiário corporativo intenso apesar de exterior desfavorável

Ibovespa buscava se sustentar no azul nesta segunda-feira, após titubear na abertura, em sessão marcada por uma bateria de notícias corporativas, enquanto os mercados no exterior começavam a semana refletindo preocupações com o aumento de casos de Covid-19 na Europa e Estados Unidos.

Às 13h30, o Ibovespa subia 0,07%, a 101.332,08 pontos. O volume financeiro era de 5 bilhões de reais.

Em Wall Street, os pregões trabalhavam no vermelho, com receios sobre o crescimento dos casos de coronavírus e o impasse em Washington sobre o próximo pacote de auxílio fiscal, com agentes financeiros também monitorando a aproximação da eleição presidencial em 3 de novembro.

O norte-americano S&P 500 recuava 2,09%.

2. Vendas de novas moradias nos EUA têm queda inesperada em setembro

As vendas de novas moradias para uma única família nos Estados Unidos caíram inesperadamente em setembro, mas o mercado imobiliário continua sendo sustentado por taxas de juros em mínimas recordes.

O Departamento do Comércio informou nesta segunda-feira que as vendas de novas moradias caíram 3,5% no mês passado, para uma taxa ajustada sazonalmente de 959 mil unidades. O ritmo de vendas de agosto foi revisado para 994 mil unidades, de 1,011 milhão informado antes.

Economistas consultados pela Reuters projetavam alta de 2,8% nas vendas de novas moradias, que respondem por cerca de 14% das vendas, para uma taxa de 1,025 milhão de unidades.

3. Bolsonaro defende investimento em cura para Covid-19 em vez de vacinas

O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta segunda-feira que seria mais fácil e barato investir em uma cura para a Covid-19 do que em uma vacina, e voltou a defender o uso de medicamentos sem comprovação científica para combater a doença.

Em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro afirmou que o desenvolvimento de vacinas leva tempo e não há motivo para “correr em cima dessa (contra a Covid-19).”

“Eu dou minha opinião pessoal: não é mais barato e fácil investir na cura que na vacina? Ou jogar nas duas mas também não esquecer a cura?”, defendeu. “Eu sou um exemplo.

Eu tomei cloroquina, outros tomaram ivermectina outros tomaram Annita… e pelo que tudo indica todo mundo que tomou precocemente uma das três alternativas aí foi curado.”

Nenhum dos três medicamentos citados pelo presidente têm eficácia comprovada cientificamente contra Covid-19. Annita, nome comercial do vermífugo nitazoxanida –medicamento mais recente a entrar na lista dos indicados por Bolsonaro–, mostrou algum sucesso na redução da carga viral, de acordo com estudo feito no Brasil, mas não teve impacto nos sintomas da doença.

4. Confiança do comércio recua 3,8 pontos em outubro, aponta FGV

O Índice de Confiança do Comércio (ICOM), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), recuou 3,8 pontos de setembro para outubro deste ano. Com isso, o indicador passou para 95,8 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos, e interrompeu uma sequência de cinco altas consecutivas.

A confiança do empresário caiu em todos os seis principais segmentos do comércio brasileiro pesquisados pela FGV. O Índice de Situação Atual, que mede a percepção sobre o presente, recuou 1,5 ponto, para 105,1 pontos. Já o Índice de Expectativas, que mede a confiança no futuro, caiu 5,8 pontos para 86,6 pontos.

“Apesar do resultado negativo na ponta, a percepção sobre o ritmo de vendas no mês segue mais positiva, acima dos 100 pontos. Por outro lado, a significativa queda das expectativas mostra que os empresários estão se tornando cada vez mais cautelosos com a sustentabilidade da recuperação.

A falta de confiança do consumidor e a incerteza sobre o período pós programas de auxílio do governo, parecem contribuir para esse sinal de alerta”, afirma o pesquisador da FGV Rodolpho Tobler.

5. Minério de ferro atinge mínima de 4 semanas com aumento dos estoques na China

Os contratos futuros do minério de ferro atingiram uma mínima de quatro semanas nesta segunda-feira, com os estoques portuários da China atingindo seu nível mais alto desde fevereiro, em meio a preocupações com a demanda pela matéria-prima.

O contrato de minério de ferro mais negociado na bolsa de Dalian fechou em queda de 3,3%, a 760,50 iuanes (113,72 dólares) a tonelada.

O produto caiu 3,8% no início da sessão, para seu nível mais baixo desde 25 de setembro.

O minério de ferro importado estocado nos principais portos da China aumentou pela quinta semana consecutiva, para 127,8 milhões de toneladas, em 23 de outubro, com base em dados da consultoria SteelHome.

“O forte crescimento da produção de aço nos últimos meses também levantou preocupações sobre uma retração de curto prazo na produção das siderúrgicas, já que as margens estão sob pressão”, disse Daniel Hynes, estrategista sênior de commodities da ANZ.