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O que está movimentando o Ibovespa nesta tarde? Veja os destaques

17 ago 2020, 13:01 - atualizado em 10 nov 2020, 21:02
Mercados ações investimentos
Veja as principais notícias que estão mexendo com o mercado nesta tarde (Imagem: Unsplash/ Austin Distel)

1. Mercados abrem a semana em leve alta no exterior

O Ibovespa não mostrava uma tendência clara nesta segunda-feira, com a primeira etapa da sessão marcada pelo vencimento de opções sobre ações, com o setor de mineração e siderurgia e empresas de proteínas entre os destaques positivos, enquanto companhias aéreas figuravam entre as maiores baixas.

Por volta das 13h, o Ibovespa caía 1,31 %, a 100.240,21 pontos.

Os principais índices de Wall Street tinham desempenho misto nesta segunda-feira, com empresas varejistas se preparando para encerrar uma temporada de balanços trimestrais melhor do que se temia, enquanto o S&P 500 continuava rondando pouco abaixo de níveis recordes.

O índice S&P 500 era negociado cerca de 3 pontos abaixo de uma máxima recorde de fechamento em fevereiro, depois de flertar com esse nível durante a maior parte da semana passada, com uma série de dados apontando para uma recuperação instável na maior economia do mundo.

“Isso volta ao fator básico — com a taxa de juros baixa, próxima de zero, embora os rendimentos tenham subido, não há lugar para colocar seu dinheiro, então as ações continuam a pairar perto de máximas recordes”, disse Peter Cardillo, economista-chefe de mercado da Spartan Capital Securities em Nova York.

O índice Dow Jones (DJI) estava estável, enquanto o S&P 500 (SPX) ganhava 0,48%. O índice de tecnologia Nasdaq (NSXUSD) avançava 0,96%.

2. Mercado passa a ver Selic menor em 2021 no Focus e contração de 5,52% da economia este ano 

O mercado cortou a expectativa para a taxa básica de juros em 2021, ao mesmo tempo em que manteve a tendência de redução da contração econômica este ano, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou que a expectativa para a Selic neste ano continua em 2,0%, mas para 2021 caiu a 2,75%, de 3,0% antes.

O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, continua vendo a Selic a 1,88% em 2020 e a 2,0% em 2021, na mediana das projeções.

A pesquisa mostrou ainda que, para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de contração este ano passou a 5,52%, de 5,62% no levantamento anterior, na sétima semana seguida de melhora do cenário. A economia, segundo o Focus, deve se recuperar a um crescimento de 3,50% em 2021.

Para os preços, houve acréscimo de 0,04 ponto percentual na perspectiva de alta do IPCA em 2020, a 1,67%, permanecendo o cenário de inflação de 3,0% em 2021.

O centro da meta oficial de 2020 é de 4% e, de 2021, de 3,75%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

3. Com vacina russa, política pode se sobrepor à saúde pública

A decisão da Rússia de aprovar uma vacina contra o coronavírus antes de testes cruciais demonstrarem que é segura e eficaz gera temores de que a política falará mais alto do que a saúde pública.

O plano do país para iniciar vacinações em massa já em outubro pode pressionar outros governos a passar na frente de autoridades reguladoras e pular etapas importantes, colocando em risco as pessoas que forem imunizadas. Um grande revés na Rússia também pode abalar a confiança do público nas vacinas.

Há muito em jogo no esforço de encerrar uma crise que já matou mais de 750.000 pessoas em todo o mundo. O governo do presidente americano Donald Trump ativou a Operação Warp Speed, um esforço sem precedentes dos EUA para acelerar o desenvolvimento e fabricação de uma vacina contra a Covid. Uma enorme mobilização ocorre na China para imunizar a população.

O anúncio do presidente Vladimir Putin em 11 de agosto sobre o produto da Rússia traz uma nova perspectiva.

O lançamento de vacina com evidências limitadas de seu funcionamento pode ter consequências prejudiciais, disse Paul Offit, diretor do Centro de Educação em Vacinas e infectologista do Hospital Infantil da Filadélfia.

“Isso pode fazer com que outros líderes digam: ‘Olha, eles são fazendo isso e é bom o suficiente. E se isso for bom o suficiente para eles, não queremos ficar atrás. Nós também queremos proteger nossas populações’”, disse ele.

4. Banco Central da China injeta 700 bilhões de iuanes em empréstimos por MLF

O banco central da China rolou nesta segunda-feira empréstimos de médio prazo que estavam para vencer ao mesmo tempo em que deixou inalterado o custo de empréstimo pelo quarto mês seguido.

O Banco do Povo da China informou em comunicado que manteve em 2,95% os juros sobre 700 bilhões de iuanes (100,74 bilhões de dólares) em empréstimos do instrumento de médio prazo de um ano (MLF) para instituições financeiras.

A nova injeção de dinheiro vai superar dois grupos de empréstimos do MLF que vencerão em agosto, com um volume total de 550 bilhões de iuanes.

O banco central disse no comunicado que a rolagem é uma operação extraordinária na MLF para o mês para “atender totalmente a demanda do mercado”.

Ele também disse que injetou outros 50 bilhões de iuanes através de recompras reversas de sete dias, também mantendo o custo de empréstimo.

5. Saída de Guedes não está na mesa, dizem fontes da equipe econômica

A saída do ministro da Economia, Paulo Guedes, do governo não está na mesa, afirmaram duas fontes da equipe econômica, num momento em que especulações sobre o futuro da pasta ganham força conforme aumentam as pressões políticas por mais gastos públicos.

Dúvidas em torno da permanência de Guedes no governo depois que mais dois de seus secretários especiais deixaram o ministério na última semana foram reforçadas por notas publicadas na imprensa neste fim de semana citando que o presidente do Banco CentralRoberto Campos Neto, estaria cotado para assumir o comando da Economia.

As duas fontes, que são próximas a Guedes e Campos Neto e falaram à Reuters em condição de anonimato, afirmaram que os dois economistas compartilham a mesma visão sobre a necessidade de controle das despesas para que o país possa reorientar sua trajetória de endividamento, especialmente após os gastos extraordinários ligados ao enfrentamento da pandemia de coronavírus.

Ambas as fontes afirmaram que a saída do ministro não está sendo cogitada internamente nem na Economia nem no BC. Uma delas complementou que, se isso ocorresse por vontade do presidente Jair Bolsonaro, seria provavelmente para colocar um sucessor determinado a gastar –não seria o caso de Campos Neto, frisou.

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