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O que está mexendo os mercados nesta tarde? Veja as principais notícias

20 ago 2020, 13:07 - atualizado em 20 ago 2020, 13:07
Mercados
Veja os destaques desta tarde (Imagem: Pixabay)

1. Índices dos EUA se movimentam após alto número de pedidos semanais de auxílio-desemprego

O S&P 500 (SPX) e o Dow (DJI) recuavam nesta quinta-feira, após os pedidos semanais de auxílio-desemprego subirem inesperadamente acima da marca de 1 milhão na semana passada, dando peso à visão do Federal Reserve de que há um difícil caminho até uma recuperação econômica.

O índice de referência se afastou de uma máxima recorde um dia antes, depois que a ata da última reunião de política monetária do Fed mostrou que a rápida recuperação do mercado de trabalho em maio e junho provavelmente desacelerou e que os membros permaneceriam com medidas agressivas de estímulo por um período muito mais longo.

Por volta das 13h (horário de Brasília), o índice Dow Jones subia 0,10%, a 27.657 pontos, enquanto o S&P 500 ganhava 0,14%. O índice de tecnologia Nasdaq (NSXUSD) avançava 0,84%.

O Ibovespa mostrava fortes perdas, trabalhando abaixo de 100 mil pontos, reflexo de preocupações de agentes financeiros sobre o ambiente fiscal no Brasil e com a recuperação da economia norte-americana.

O Ibovespa caía 1,13%, a 99.714,46 pontos.

Na véspera, o Senado derrubou o veto presidencial ao projeto sobre reajuste salarial a categorias do serviço público durante a pandemia de Covid-19, em votação que o ministro da Economia definiu como “péssimo sinal”.

A negativa presidencial ainda terá de passar por votação na Câmara dos Deputados prevista para esta quinta-feira.

No caso de a Câmara acompanhar a decisão dos senadores, “isso pode comprometer a economia de 130 bilhões de reais, que eram esperados pela equipe econômica”, destacou a equipe da CM Capital Markets.

2. China e EUA concordam em realizar negociações comerciais

A China e os Estados Unidos concordaram em realizar negociações comerciais “nos próximos dias” para avaliar o progresso da Fase 1 de seu acordo seis meses após ele entrar em vigor em fevereiro, disse o Ministério do Comércio chinês nesta quinta-feira.

O porta-voz do ministério, Gao Feng, fez a declaração em uma entrevista semanal realizada online, mas não deu detalhes.

Elas foram feitas após o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, afirmar que nenhuma discussão de alto nível estava marcada, embora ambos os lados estejam em contato sobre a implementação da Fase 1 do acordo comercial.

O acordo, alcançado em 15 e janeiro e considerado um grande avanço após dois anos de disputas, determinou metas ambiciosas para a China, que deve aumentar com força as compras de produtos agrícolas e manufaturados dos EUA.

Mas os laços rapidamente azedaram na sequência da pandemia de coronavírus e pela imposição pela China de uma nova lei de segurança nacional em Hong Kong.

3. Bolsonaro sanciona com vetos lei que cria Programa Emergencial de Suporte a Empregos

O presidente Jair Bolsonaro sancionou com vetos a lei que institui o Programa Emergencial de Suporte a Empregos e oferece crédito a pequenas e médias empresas para, entre outras finalidades, o pagamento da folha de funcionários em meio à pandemia do novo coronavírus.

De acordo com o Diário Oficial desta quinta-feira, o programa se destina aos agentes com receita bruta anual superior a 360 mil reais e igual ou inferior a 50 mil reais.

As linhas de crédito abrangerão até 100% da folha de pagamento do contratante, pelo período de 4 meses, limitadas ao valor equivalente a até duas vezes o salário-mínimo por empregado.

Entre os pontos vetados está a limitação em 15 mil reais do valor máximo da utilização da linha de crédito do programa para pagamento dos acordos homologados perante a Justiça do Trabalho, além de para o pagamento de verbas rescisórias decorrentes de demissões sem justa causa para fins de recontratação do empregado demitido.

O veto destaca entretanto, que os dispositivos propostos não preveem baliza para os casos de sentença trabalhista transitada em julgado, os quais poderão ser custeadas com as linhas de crédito independentemente do valor da condenação.

4. Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA voltam a ficar acima de 1 milhão

O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego subiu inesperadamente acima da marca de 1 milhão na semana passada, um revés para o mercado de trabalho dos Estados Unidos em meio à pandemia de coronavírus.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram para 1,106 milhão em dado ajustado sazonalmente na semana encerrada em 15 de agosto, de 971 mil na semana anterior, informou o Departamento do Trabalho.

Economistas consultados pela Reuters projetavam um total de 925 mil pedidos na última semana.

O nível da semana anterior havia marcado a primeira vez desde março em que os novos pedidos ficaram abaixo do patamar de 1 milhão.

O benefício extra de 600 dólares semanais venceu em 31 de julho. Embora o presidente Donald Trump tenha assinado um decreto que inclui a prorrogação do suplemento a 400 dólares por semana, há confusão sobre sua implementação.

Os Estados precisam cobrir 100 dólares dos benefícios, mas muitos governadores indicaram que não têm capacidade financeira após a receita ter sido dizimada pelo combate ao coronavírus.

5. Atividade industrial de julho se aproxima do período pré-pandemia

A Sondagem Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada hoje (20), revela que, em julho, a atividade industrial se aproximou dos indicadores registrados antes da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus.

Para a CNI, a alta sustentada nos índices de capacidade instalada e produção retrata a retomada do setor. Diante do cenário, acrescenta a confederação, cresce o otimismo e a intenção de investir. O levantamento foi feito com 1.890 empresas de pequeno, médio e grande porte entre os dias 3 e 13 de agosto.

Após quatro baixas, julho foi o primeiro mês que a indústria registrou aumento no número de empregados. O índice de evolução do número de empregados atingiu 50,9 pontos no mês passado.

É o primeiro mês que o índice supera os 50 pontos – ou seja, mostra crescimento do emprego – desde fevereiro, antes da eclosão da pandemia no Brasil. Em abril, o índice mostrou forte queda do número de empregados, quando o índice atingiu seu valor mais baixo do ano, 38,2 pontos.

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