O que está mexendo com os mercados nesta tarde? Confira os destaques
1. Mercados reagem a dados positivos dos EUA
O Ibovespa operava em baixa discreta nesta sexta-feira, em sessão marcada por preocupação com a saúde fiscal do país após o esforço do governo para conseguir garantir que o veto do presidente Jair Bolsonaro ao reajuste do funcionalismo não fosse derrubado.
Por volta das 13h05, o Ibovespa caía 0,31%, a 101.149,06 pontos. No pior momento da sessão, logo após a abertura, o índice chegou a cair cerca de 1%.
A Câmara dos Deputados confirmou na noite de quinta-feira a manutenção do veto presidencial que proíbe a concessão de reajuste a servidores públicos. A medida, segundo o governo, evita um impacto superior a 120 bilhões de reais nas contas públicas, depois que o Senado havia votado na véspera pela derrubada da proibição.
Os índices acionários dos Estados Unidos registravam leves ganhos sustentados pelas ações da Apple, enquanto dados mostrando que a atividade empresarial voltou ao nível mais alto desde o início de 2019 também melhorava o sentimento.
A forte leitura do PMI dá continuidade a um padrão instável de dados econômicos que pintam um cenário de recuperação irregular da recessão provocada pela Covid-19.
Mas apostas de investidores de que empresas focadas em tecnologia, como Apple e Amazon.com, vão superar os efeitos da pandemia ajudaram os três principais índices a fecharem em alta na sessão anterior.
“O mercado vai subir, mas será de maneira muito lenta e irregular, pelo menos até que haja uma vacina”, disse Chuck Lieberman, chefe de investimento da Advisors Capital Management.
O índice Dow Jones subia 0,21%, enquanto o S&P 500 ganhava 2,19%. O índice de tecnologia Nasdaq avançava 0,36%.
2. Atividade empresarial dos EUA sobe a níveis do início de 2019, mostra PMI
A atividade empresarial dos Estados Unidos saltou a seu nível mais alto desde o início de 2019 este mês, com empresas dos setores de manufatura e serviços registrando retomada nos novos pedidos mesmo em meio à alta persistente de casos de Covid-19 em todo o país, mostrou uma pesquisa com gerentes de compras nesta sexta-feira.
A empresa de dados IHS Markit disse que seu índice PMI Composto preliminar dos EUA subiu para 54,7 este mês, seu maior nível desde fevereiro de 2019, após leitura de 50,3 em julho.
Seu índice preliminar para o setor manufatureiro atingiu seu nível mais alto desde janeiro de 2019, enquando o do setor de serviços foi a uma máxima desde março de 2019.
Uma leitura acima de 50 indica crescimento na produção do setor privado.
3. EUA e China divergem sobre planos de negociações da Fase 1 de acordo comercial
O governo dos Estados Unidos recusou-se na quinta-feira a reconhecer quaisquer planos de se reunir com a China sobre a Fase 1 do acordo comercial entre os dois países, depois que o Ministério do Comércio de Pequim disse que negociações bilaterais seriam realizadas “nos próximos dias” para avaliar o andamento do acordo.
O porta-voz do Ministério do Comércio, Gao Feng, fez comentários sobre as próximas discussões em uma reunião semanal realizada online, mas não deu mais detalhes.
Uma reunião por videoconferência, originalmente prevista para o aniversário de seis meses do início do acordo comercial, em 15 de agosto, foi adiada, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que foi sua decisão.
Duas fontes norte-americanas familiarizadas com os planos disseram na quinta-feira que nenhuma nova data de reunião foi agendada.
O escritório do Representante de Comércio dos EUA e o Tesouro norte-americano não responderam a perguntas sobre os planos de revisão do acordo comercial, uma etapa regular após seis meses feita por funcionários de alto escalão e exigida em um capítulo sobre fiscalização.
O assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, não comentou possíveis negociações com autoridades chinesas. Mas ele disse que o governo Trump continua envolvido com Pequim na Fase 1 do acordo comercial e que o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, está satisfeito com o progresso até agora.
4. Confiança do consumidor da zona do euro avança a -14,7 em agosto
A confiança do consumidor da zona do euro subiu 0,3 ponto em agosto em relação ao número de julho, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira.
A Comissão Europeia disse que sua estimativa preliminar mostrou que a confiança melhorou a -14,7 neste mês, de -15,0 em julho.
Economistas consultados pela Reuters esperavam manutenção em -15,0.
Na União Europeia (UE) como um todo, a confiança do consumidor subiu 0,1 ponto, a -15,5.
5. Vendas de moradias usadas nos EUA sobem pelo 2º mês seguido em julho
As vendas de moradias usadas nos Estados Unidos saltaram em ritmo histórico pelo segundo mês consecutivo em julho, enquanto os preços das casas bateram um recorde à medida que as taxas de juros historicamente baixas aumentam a demanda por imóveis, mesmo com a pandemia de coronavírus deixando milhões de pessoas sem trabalho.
A Associação Nacional de Corretores de Imóveis dos EUA disse nesta sexta-feira que as vendas de moradias usadas aumentaram 24,7% para uma taxa anual ajustada sazonalmente de 5,86 milhões de unidades no mês passado.
Os dados de junho foram revisados ligeiramente para baixo, para 4,70 milhões de unidades, ante 4,72 milhões relatados originalmente.
O salto de julho foi o segundo consecutivo, vindo na esteira de um aumento mensal recorde em junho, e elevou o ritmo de vendas acima das 5,76 milhões de unidades registradas em fevereiro, antes que a pandemia desencadeasse um breve abalo nas vendas. O nível de julho foi o mais alto desde dezembro de 2006.
Economistas consultados pela Reuters projetavam aumento de 14,7%, a uma taxa de 5,38 milhões de unidades em julho.