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O que está mexendo o Ibovespa nesta tarde? Veja as principais notícias

18 ago 2020, 12:52 - atualizado em 18 ago 2020, 12:52
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Veja os destaques do dia (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

1. Mercado começa a tarde positivo nesta terça-feira 

O Ibovespa voltava a trabalhar acima dos 100 mil pontos nesta terça-feira, após o governo reiterar a permanência do ministro da Economia, Paulo Guedes, bem como compromisso com as contas públicas, com Magazine Luiza (MGLU3) entre as maiores altas após forte crescimento nas vendas online no segundo trimestre.

Por volta das 12h50, o Ibovespa subia 1,88%, a 101.463 pontos.

Na véspera, o tom negativo prevaleceu na bolsa, com o Ibovespa fechando abaixo dos 100 mil pontos, na mínima em mais de um mês, em meio a ruídos envolvendo o ministro da Economia e receios com o quadro fiscal do país.

O índice norte-americano Nasdaq abriu em uma máxima recorde nesta terça-feira, enquanto o S&P 500 (SPXUSD) estava a poucos pontos de seu pico histórico, impulsionado pelos ganhos da Amazon (AMZN) e pelas ações de tecnologia.

O Nasdaq Composite subia 0,54%, enquanto o S&P 500 tinha alta de 0,10% e o Dow Jones Industrial Average perdia -0,13%

2. Governo vê volta ao superávit em outubro após rombo recorde de R$ 252 bi em julho

A equipe econômica prevê que o governo central vai registrar um déficit primário recorde de 252 bilhões de reais em julho, sob o impacto dos pagamentos do auxílio emergencial e um aumento generalizado em diversas despesas, mas que voltará a ter contas superavitárias em outubro e novembro.

A trajetória contrasta com a projeção do mercado, que considera um déficit bem menor para julho, de 103,5 bilhões de reais, mas sem perspectiva de superávits até o final do ano, mostrou nota elaborada pela Secretaria de Política Econômica (SPE).

“A partir de setembro, as expectativas são de aumento de receitas, traduzindo algum otimismo com relação à recuperação da atividade econômica”, disse a nota.

Enquanto o governo estima superávits de 5,5 bilhões de reais e 5,1 bilhões de reais para o governo central em outubro e novembro, respectivamente, os números coletados pela mediana do boletim Prisma são de déficits de 26,4 bilhões de reais e de 40,2 bilhões de reais.

3. Mnuchin espera que Pelosi esteja interessada em negociações de estímulo por Covid-19

O presidente norte-americano, Donald Trump quer avançar com mais ajuda econômica em resposta à pandemia de coronavírus, disse o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, nesta terça-feira, acrescentando que espera que a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, esteja aberta a novas negociações à medida que os parlamentares se preparam para votar o financiamento ao correio do país.

“Espero, já que a presidente Pelosi está voltando por causa do correio, que ela esteja mais interessada em se sentar” para negociar, disse Mnuchin à CNBC em uma entrevista.

Questionado sobre a possibilidade de um acordo de auxílio em resposta à Covid-19 mais restrito, Mnuchin disse que havia necessidade de ajudar as empresas menores, acrescentando: “O presidente gostaria que avançássemos com isso.”

4. Início de construção de moradias nos EUA salta 22,6% em julho

A construção de moradias nos Estados Unidos acelerou em julho pelo terceiro mês seguido, no mais recente sinal de que o setor imobiliário está emergindo como uma das poucas áreas de força em uma economia que sofre desaceleração recorde por causa da pandemia de Covid-19.

O início de construção de moradias aumentou 22,6%, bem mais do que o esperado, para uma taxa anual sazonalmente ajustada recorde de 1,496 milhão de unidades no mês passado, informou o Departamento do Comércio nesta terça-feira.

Os dados de junho foram revisados para 1,22 milhão de unidades, de 1,186 milhão informado antes.

Economistas consultados pela Reuters projetavam que o início de construções aumentaria a uma taxa de 1,24 milhão de unidades.

5. Reconstruir a Europa após pandemia será semelhante à reconstrução pós-guerra, diz Draghi

Reconstruir a Europa após a pandemia de coronavírus será semelhante ao esforço de reconstrução pós-Segunda Guerra Mundial e o bloco precisa reiterar seus valores centrais, apesar dos desafios das potências globais, disse o ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE) Mario Draghi.

A pandemia arriscou uma destruição do capital humano que não era vista desde a guerra, portanto a reconstrução deve se concentrar nas pessoas que precisam pagar a quantidade sem precedentes de dívida acumulada neste ano, disse Draghi em uma palestra em Rimini, Itália.

Além disso, mesmo enquanto a Europa se transforma, ela deve se comprometer novamente com alguns de seus princípios centrais, incluindo o multilateralismo e o estado de direito global, mesmo que potências como os Estados Unidos e a China questionem esses princípios, acrescentou Draghi.

“Devemos nos inspirar naqueles que estiveram envolvidos na reconstrução do mundo, Europa e Itália após a Segunda Guerra Mundial”, disse Draghi, que raramente se pronuncia desde que deixou o BCE no ano passado.