O que está mexendo os mercados nesta tarde? Veja as principais notícias
1. S&P 500 bate máxima recorde pelo 2º dia após balanços de Target e Lowe’s
As ações dos Estados Unidos abriram ligeiramente em alta nesta quarta-feira após resultados positivos das varejistas Target e Lowe’s, um dia depois que o S&P 500 (SPX) concluiu sua recuperação mais rápida da história ante um mercado ‘baixista’.
A rede varejista Target Corp saltava 9,5% após informar o melhor crescimento de vendas comparáveis e receita online, que quase triplicaram.
A rede de artigos para o lar Lowe’s avançava 1,4% depois de superar as estimativas de vendas trimestrais nas mesmas lojas, pois se beneficiou de um aumento na demanda por seus produtos de consumidores em isolamento social.
A maior rival da Lowe’s, a Home Depot Inc, e a gigante varejista Walmart (WMT) relataram resultados semelhantes na terça-feira.
Por volta das 13h10 (horário de Brasília), o índice Dow Jones subia 0,16% enquanto o S&P 500 ganhava 0,18%. O índice de tecnologia Nasdaq (NSXUSD) avançava 0,16%.
No Brasil, o Ibovespa operava em queda de 0,40% em um dia beirando a estabilidade.
2. Não há novas negociações comerciais entre EUA e China marcadas, diz chefe de gabinete da Casa Branca
Nenhuma nova negociação comercial de alto nível foi programada entre os Estados Unidos e a China, mas os dois lados permanecem em contato sobre a implementação da Fase 1 de seu acordo, disse o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, a repórteres a bordo do avião presidencial norte-americano na terça-feira.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse a repórteres durante uma visita a Yuma, no Arizona, que adiou uma revisão marcada para 15 de agosto sobre o acordo comercial assinado com a China em janeiro devido à sua frustração diante da forma como Pequim lidou com a pandemia de coronavírus.
“Adiei as negociações com a China. Sabe por quê? Não quero lidar com eles agora”, disse Trump durante um briefing sobre a construção de um muro na fronteira com o México. “O que a China fez ao mundo não era nem mesmo imaginável. Eles poderiam ter parado (o vírus).”
Meadows disse que a revisão, obrigatória como parte do acordo comercial com a China, não foi remarcada, mas o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, manteve contato regular com seus colegas na China sobre o cumprimento de seus compromissos.
3. Zona do Euro confirma leve alta de preços em julho apesar de crise de Covid-19
Os preços ao consumidor na zona do euro registraram ligeira alta em julho na comparação anual e o núcleo do índice saltou apesar das pressões deflacionárias em meio à crise econômica causada pela pandemia do coronavírus, mostraram números finais da agência de estatísticas da União Europeia nesta quarta-feira.
A Eurostat confirmou sua estimativa anterior de avanço de 0,4% na inflação anual em julho, após alta de 0,3% em junho.
A agência também deixou inalteradas suas estimativas anteriores, divulgadas em 31 de julho, sobre o núcleo da inflaçao, que exclui os preços mais voláteis.
Excluindo os preços de alimentos e energia, medida observada pelo Banco Central Europeu, a inflação foi de 1,3% em julho de 1,1% em junho, disse a Eurostat.
Uma medida ainda mais restrita, que também exclui álcool e tabaco, saltou para 1,2% de 0,8% em junho.
4. Bolsonaro sanciona medida que concede R$ 16 bi a estados e municípios
O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta terça-feira (18) a Medida Provisória (MP) 938, que destina R$ 16 bilhões para reforçar o repasse da União aos fundos de Participação dos Estados e dos Municípios (FPE e FPM), em razão de perdas na arrecadação em função da pandemia de covid-19.
O cálculo dessa compensação foi feito pela diferença entre a arrecadação dos impostos de Renda (IR) e sobre Produtos Industrializados (IPI) nos períodos de março a novembro de 2019 e de 2020.
Pela Constituição, a União deve repassar mensalmente aos estados 21,5% do valor arrecadado com esses impostos aos estados (FPE) e 24,5% aos municípios (FPM). A necessidade da compensação federal vem da queda na arrecadação desses dois impostos que, consequentemente, acabou reduzindo os repasses dos fundos.
Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência da República informou que o projeto aprovado amplia o prazo da compensação para os meses de julho a novembro, com o limite mensal para repasses de até aproximadamente R$ 2 bilhões a partir do mês de julho deste ano.
5. Coronavírus não é mais a principal preocupação dos gestores do Brasil
Foi-se o tempo em que o novo coronavírus era a principal preocupação dos gestores de recursos, pelo menos é o que aponta a sondagem mais recente do Bank of America (BofA) com profissionais do ramo.
Para apenas 10% dos gestores entrevistados, o coronavírus ainda é visto como o principal gargalo na América Latina. No levantamento do mês passado, contudo, 34% foram categóricos em pontuar a pandemia como o principal desafio.
Agora, o que mais pesa na avaliação dos gestores são: a incerta demanda por commodities da China, a recessão da economia dos Estados Unidos, além das eleições presidenciais norte-americanas em novembro.
Apesar da brusca mudança em relação aos vetores, as expectativas de crescimento para os mercados da América Latina melhoraram marginalmente.