O que está mexendo com os mercados? Veja as principais notícias desta tarde
1 – Ibovespa sobe embalado por Wall Street
A bolsa paulista retornava do fim de semana sem uma tendência clara nos primeiros negócios desta terça-feira, com o noticiário corporativo destacando a renúncia do presidente da Eletrobras (ELET3; ELET5; ELET6), bem como anúncio do IPO da unidade de mineração da CSN (CSNA3).
Às 13h15, o Ibovespa (IBOV) subia 0,96%, a 118.463,86 pontos.
Já o S&P 500 atingiu máxima recorde na abertura desta terça-feira, ajudado por balanços corporativos positivos de empresas como General Electric e Johnson & Johnson, enquanto o Federal Reserve dava início a sua reunião de política monetária.
O Dow Jones Industrial Average ganhava 0,03% na abertura, enquanto o S&P 500 tinha alta de 0,20% e o Nasdaq Composite subia 0,34%.
2 – Dólar cai nos primeiros negócios atento a exterior e Guedes
O dólar caía mais de 1% nesta terça-feira, com o real liderando os ganhos nos mercados globais de câmbio, em dia de forma geral positivo para ativos de risco no mundo, enquanto no Brasil o mercado reagia a declarações do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Economia sobre importância do cumprimento de regras fiscais e da entrada do setor privado no processo de vacinação.
Às 12h36, o dólar spot cedia 1,60%, a 5,3837 reais na venda, depois de tocar 5,3736 reais (-1,79%) na mínima da sessão. Logo após a abertura, a moeda chegou a subir 0,14%, para 5,479 reais.
Em evento promovido pelo Credit Suisse, Bolsonaro mudou o tom e defendeu a vacinação contra a Covid-19 como forma de fazer a economia brasileira voltar a funcionar, em comentários alinhados aos feitos pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
Ambos defenderam proposta feita por empresários brasileiros de comprar vacinas para imunizar seus funcionários e também doar parte ao Sistema Único de Saúde. Bolsonaro disse ainda que o governo manterá o compromisso com o teto de gastos e não irá transformar em permanentes medidas temporárias criadas para combater a pandemia de Covid-19.
3 – Ações da Eletrobras desabam na bolsa após renúncia de CEO
As ações da Eletrobras (ELET3; ELET5; ELET6) desabavam nesta terça-feira, após Wilson Ferreira Jr. renunciar ao cargo de presidente-executivo da elétrica, enquanto os papéis da BR Distribuidora (BRDT3) disparavam dada a perspectiva de que o executivo assumirá o comando da empresa.
Ferreira disse na véspera que decidiu deixar a Eletrobras após avaliar que o processo de privatização da elétrica não tem a tração que deveria para ser concluído.
O executivo foi convidado a assumir na BR a posição ocupada hoje por Rafael Grisolia, que deixará a maior distribuidora de combustíveis do Brasil no fim deste mês.
Citando um futuro agora ainda mais incerto, o analista João Pimentel, do BTG Pactual (BPAC11), afirmou preferir as ações preferenciais da companhia, uma vez que fornecem mais proteção aos dividendos se os resultados começarem a se deteriorar.
4 – Preços do petróleo sobem com ações europeias
Os preços do petróleo avançavam nesta terça-feira e operavam perto de máximas de 11 meses, acompanhando um movimento de alta nas ações europeias e em meio a relatos de uma explosão na Arábia Saudita.
O petróleo Brent subia 0,36 dólar, ou 0,64%, a 56,24 dólares por barril, às 8:36 (horário de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos avançava 0,37 dólar, ou 0,7%, a 53,14 dólares por barril.
Ambos os contratos de referência haviam subido cerca de 1% na segunda-feira, caminhando para o terceiro mês consecutivo de ganhos.
Os preços passaram a subir mais significativamente após notícias sobre uma explosão na capital saudita, Riad, embora ainda não haja informações claras sobre o caso.
Na Europa, ganhos em ações de serviços financeiros e no setor de químicos ajudavam o mercado a subir nesta terça-feira. Ativos de riscos como ações e petróleo frequentemente se movem em conjunto.
5 – Guedes fala em mais bloqueios de gastos
A economia brasileira deve crescer 3,5% neste ano, talvez até 5% na melhor das hipóteses, disse nesta terça-feira o ministro da Economia, Paulo Guedes, o qual defendeu ainda que, caso o auxílio emergencial seja reeditado, haja travamento de outras despesas.
Na prática, o ministro reconheceu a possibilidade de volta do auxílio emergencial caso a economia sinta o baque de um recrudescimento da pandemia e a vacinação em massa sofra reveses.
“Caso o pior aconteça, a doença volta, como compatibilizar uma coisa com a outra? Temos o protocolo da crise, aperfeiçoado agora”, disse o ministro, referindo-se à ideia de incluir na PEC do Pacto Federativo uma cláusula de calamidade pública, que seria ativada em caso “agudo” de emergência fiscal.