O que está mexendo com os mercados? Veja as principais notícias
1. Veja como estão os mercado nesta tarde
A bolsa paulista sinalizava uma recuperação na manhã desta sexta-feira, acompanhando a melhora nas praças acionárias no exterior, com o noticiário corporativo brasileiro destacando anúncio da Vale (VALE3) sobre remuneração a acionistas.
Por volta das 13h10, o Ibovespa (IBOV) beirava a estabilidade com queda de 0,08%, a 98.751,89 pontos.
Nos Estados Unidos, os mini contratos futuros do S&P 500 (SPX) e do Nasdaq (NSXUSD) trabalhavam em território positivo, em meio a sinais de recuperação das ações de tecnologia, além de sólido trimestre da Oracle.
Pregões europeus não mostravam uma direção única, com a atividade de fusões e aquisições no radar e ameaça econômica das crescentes perspectivas de um Brexit sem acordo adicionando alguma volatilidade aos negócios.
2. Setor de serviços do Brasil cresce 2,6% em julho, diz IBGE
O setor de serviços brasileiro registrou em julho o segundo mês consecutivo crescimento, mas iniciou o terceiro trimestre abaixo das expectativas e ainda longe de recuperar as perdas em razão da pandemia de coronavírus.
O volume de serviços apresentou em julho alta de 2,6% na comparação com o mês anterior, depois de avanço de 5,2% em junho em dado revisado pelo IBGE de ganho de 5,0% informado antes.
Esses resultados representam um ganho acumulado nos dois meses de 7,9% depois de quatro perdas seguidas, quando as perdas chegaram a 19,8%.
Além disso, a leitura divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 3,1%.
Na comparação com julho de 2019, o setor de serviços teve queda de 11,9%, quinta taxa negativa seguida, mostrando que as perdas por causa das medidas associadas quarentena para contenção da Covid-19 ainda se perpetuam sobre um dos mais importantes setores da economia.
3. Preços ao consumidor nos EUA permanecem em alta em agosto
Os preços ao consumidor nos Estados Unidos subiram em agosto, mas a fraqueza do mercado de trabalho deve conter a inflação conforme a economia se recupera da recessão provocada pela Covid-19.
O Departamento do Trabalho informou nesta sexta-feira que seu índice de preços ao consumidor avançou 0,4% no mês passado.
O índice havia subido 0,6% em junho e julho, depois de cair nos três meses anteriores diante dos fechamentos de empresas para conter o coronavírus.
Nos 12 meses até agosto, os preços ao consumidor subiram 1,3%, de alta de 1,0% em julho.
Economistas consultados pela Reuters esperavam avanço de 0,3% em agosto e queda de 1,2% na base anual.
4. União Europeia e Banco Central Europeu precisam fazer mais para superar crise, diz Lagarde
A recuperação da Europa da profunda recessão está incompleta e irregular, portanto não há espaço para complacência por parte dos governos ou do Banco Central Europeu, disse nesta sexta-feira a presidente do BCE, Christine Lagarde.
“O atual momento está cunhado por essa recuperação irregular, incompleta e assimétrica que observamos no terceiro trimestre após um segundo trimestre bastante catastrófico”, disse Lagarde em entrevista à imprensa após se reunir com autoridades de finanças da União Europeia.
“Sem complacência! Nossa política monetária expansionista precisa do suporte da política fiscal, e nenhum de nós pode ter complacência no momento”, acrescentou.
5. Bank of America reduz a 4,9% queda do PIB do Brasil em 2020, mas alerta para riscos
O Bank of America revisou para 4,9% sua projeção para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020, de uma estimativa anterior de declínio de 5,7%, citando surpresas positivas com dados de produção industrial e vendas no varejo em julho.
Em nota divulgada nesta sexta-feira, o banco ponderou que a melhora da perspectiva para a atividade vem, em parte, à custa de um quadro fiscal mais frágil –em meio a gastos elevados do governo com medidas de enfrentamento à pandemia— que impõe riscos à frente.
“O maior estímulo fiscal fortalece a retomada do crescimento no curto prazo, mas também aumenta os riscos fiscais e as dúvidas sobre a sustentabilidade de taxas mais altas de crescimento do PIB no médio prazo”, afirmou o BofA. “Os riscos incluem uma desancoragem nas expectativas de inflação que leve a taxas de juros mais altas, apesar do baixo crescimento.”
A melhora da projeção para o PIB está em linha com a reabertura da economia em curso, afirmou o BofA, destacando que o dado de crescimento de 5,5% das vendas no varejo em julho na comparação anual surpreendeu “significativamente”.