Mercados

O que está mexendo com os mercados? Veja as principais notícias

09 set 2020, 13:33 - atualizado em 09 set 2020, 13:33
Mercados Dow Jones Ações Nyse
Veja o que está movimentando o dia (Imagem: Reuters/Lucas Jackson)

1. Após ignorar pausa nas vacinas da AstraZeneca, mercados mundiais seguem em alta

O tom positivo prevalecia na bolsa paulista nesta quarta-feira, acompanhando a melhora nos mercados no exterior, particularmente em Wall Street, bem como a trégua na queda dos preços do petróleo, que favorecia as ações da Petrobras.

Por volta das 13h30, o Ibovespa subia 0,54 %, a 100.588,48 pontos.

Os mercados de ações nos Estados Unidos saltavam nesta quarta-feira, com o Nasdaq (NSXUSD) ganhando 3,3% à medida que o setor de tecnologia dava uma pausa nas quedas recentes, com investidores ignorando notícia de que a AstraZeneca interrompeu os testes globais de sua vacina experimental contra o coronavírus.

As ações da Tesla (TSLA) saltavam 5,3%, depois de perderem cerca de um quinto de seu valor na sessão anterior, após a surpreendente não inclusão da fabricante de veículos elétricos no índice S&P 500 (SPX).

Apple (AAPL), Salesforce.com e Microsoft (MSFT), que sofreram o maior impacto das perdas de tecnologia, estavam entre os principais impulsos para o Dow Jones (DJI) nesta sessão.

2. IPCA desacelera alta a 0,24% em agosto, diz IBGE

A inflação oficial do Brasil voltou a enfraquecer em agosto diante da pressão da queda nos preços de Educação, mas ainda registrou o maior nível para o mês em quatro anos diante da forte pressão da gasolina e dos alimentos.

Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,24% depois de subir 0,36% no mês anterior, informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar de ter enfraquecido na comparação mensal, a leitura é a mais alta para o mês de agosto desde 2016, quando o IPCA subiu 0,44%.

Além disso, o avanço acumulado em 12 meses até agosto chegou a 2,44%, acima dos 2,31% de julho, aproximando-se do piso do intervalo para a meta de inflação neste ano — de 4%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos — medida pelo IPCA.

3. Guedes prevê economia de R$ 300 bilhões em 10 anos com reforma administrativa

O ministro da EconomiaPaulo Guedes, estimou nesta quarta-feira que a economia para os cofres públicos será de 300 bilhões de reais em 10 anos com a reforma administrativa, e avaliou que a proposta terá um “curso relativamente suave” no Congresso, com aprovação ainda neste ano.

“É um número importante”, disse Guedes em evento promovido pelo IDP sobre a reforma administrativa, acrescentando que o cálculo foi feito de forma “muito moderada”.

A equipe econômica ainda não havia feito estimativas nesse sentindo, alegando que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) enviada ao Congresso representava, na realidade, um primeiro passo de um projeto mais amplo, que envolve outras duas fases de mudanças, ainda sem data definida para serem encaminhadas ao Congresso.

Por conta disso, o governo reconheceu que não havia, de pronto, impacto fiscal com a proposta, indicando que a economia para os cofres públicos viria nas fases subsequentes.

4. FMI diz que crise do coronavírus está “longe de acabar” e que mais auxílio é necessário

O Fundo Monetário Internacional (FMI) advertiu nesta quarta-feira que a crise do coronavírus está “longe de terminar” e ressaltou a necessidade de cooperação multilateral para garantir suprimentos adequados assim que a vacina for desenvolvida.

Em um ensaio publicado na revista Foreign Policy, a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, e a economista-chefe do órgão, Gita Gopinath, disseram que a recuperação econômica em curso diante da crise foi o resultado da rápida implementação e da escala sem precedentes de apoio de governos e bancos centrais, ponderando, contudo, que mais esforços serão necessários.

“A recuperação continua muito frágil e desigual entre regiões e setores. Para garantir que a retomada continue, é essencial que o suporte não seja retirado prematuramente”, escreveram as duas economistas no artigo.

Para o presidente da casa de análises Omninvest, Roberto Attuch, dada a performance do mercado nos meses recentes, o que aconteceu nos últimos três dias em Nova York nem merece ser chamado de correção.

A Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, já matou 900 mil pessoas em todo o mundo, e o FMI estima que o custo total da crise chegará a 12 trilhões de dólares até o final de 2021, com países de baixa renda provavelmente precisando de apoio contínuo.

5. China diz que vai apoiar consumo para ajudar recuperação econômica

China apoiará o consumo para ajudar em sua recuperação econômica, disse o gabinete do país segundo a televisão estatal nesta quarta-feira.

“O consumo sofreu um impacto relativamente grande com a pandemia este ano e se tornou um elo fraco na recuperação econômica”, disse o gabinete, segundo o veículo.

As vendas no varejo da China caíram 1,1% em julho ante o ano anterior, em comparação com um aumento de 4,8% na produção industrial, mostraram dados oficiais.

A China promoverá novas formas de consumo apoiadas pela internet e tecnologia digital e acelerará a construção de infraestrutura relacionada, disse o gabinete.

A China também incentivará inovações de mercado para ajudar a expandir a demanda doméstica, disse o gabinete, segundo a televisão estatal.