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O que está mexendo com os mercados nesta tarde? Confira os destaques

02 set 2020, 13:44 - atualizado em 02 set 2020, 13:44
As perdas do Ibovespa eram atenuadas pela trajetória de alta em Wall Street (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

1 – Ibovespa perde fôlego e recua

Ibovespa (IBOV) perdia o fôlego e recuava nesta quarta-feira, em meio a ajustes de posições após forte alta na véspera, com bancos entre as maiores pressões de baixa, enquanto Fleury (FLRY3) figurava entre os destaques positivos.

As perdas nesta sessão eram atenuadas pela trajetória de alta em Wall Street, onde o S&P 500 e o Nasdaq Composite renovaram recordes, mesmo com dados abaixo do esperado sobre a criação de empregos no setor privado dos EUA.

“Dados econômicos sólidos dos EUA e da China estão dando a investidores esperança de que a economia global possa se recuperar mais rápido do que o esperado da crise do Covid-19“, observou o analista Milan Cutkovic, da AxiCorp.

No Brasil, a cena fiscal e desdobramentos sobre reformas, particularmente após promessa de envio da reforma administrativa ainda nesta semana, continuam sendo monitorados por agentes financeiros.

Também o ambiente político no país é acompanhando e, nesse contexto, repercutia positivamente a aprovação pela Câmara dos Deputados de novo marco regulatório do gás natural no Brasil, que deve reduzir a burocracia para investimentos em novos gasodutos e aumentar a competição no setor.

“A aprovação do marco do gás foi robusta…indica ambiente político menos pressionado”, avaliou a equipe da Tullett Prebon Brasil, em nota a clientes.

Nos EUA, as ações de tecnologia empurraram os índices S&P 500 e Nasdaq a máximas recordes na abertura desta quarta-feira, enquanto o Dow Jones se aproximava de seu pico pré-pandemia após dados mostrarem um aumento moderado no emprego privado dos Estados Unidos no mês passado.

Roberto Campos Neto
Campos Neto disse que a retomada está ocorrendo em V, mas que deve haver desaceleração à frente (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

2 – PIB do Brasil deve cair 5% em 2020

O presidente do Banco CentralRoberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira que a queda do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano deverá ficar por volta de 5% , seguida por um crescimento de 4% em 2021.

Ao participar virtualmente de evento promovido pela Bloomberg, ele também destacou ver pouco ou nenhum espaço para corte da Selic, após o BC ter reduzido a taxa básica de juros em 0,25 ponto em agosto, ao patamar atual de 2% ao ano.

Sobre a atividade, Campos Neto disse que a retomada está ocorrendo em V, mas que deve haver desaceleração à frente. Ele afirmou que o desempenho do PIB no terceiro trimestre deverá ser positivo, sendo que a dúvida é quanto à expansão no quarto trimestre, se irá crescer mais ou desacelerar.

Além disso, Campos Neto, disse que a autoridade monetária não trabalha com nível de preço para o câmbio e que poderá intervir “pesadamente” caso ache necessário.

3 – Ações da Pague Menos estreiam com forte alta

Pague Menos (PGMN3) abriu seu primeiro dia de negociação na B3 em alta. Por volta das 11h30, as ações disparavam 17,88% em sua estreia na B3 após precificar IPO a 8,50 reais na segunda-feira, em operação na qual levantou 746,9 milhões de reais.

Na mínima do dia, até o momento, os papéis da Pague Menos foram cotados em R$ 8,80. Na máxima, atingiram R$ 9,39. Apesar da forte alta, as primeiras transações ainda são fechadas por valores menores que a faixa indicativa de preço do IPO, que era de R$ 10,22 a R$ 12,54.

O IPO da Pague Menos movimentou R$ 746,9 milhões. Os recursos serão usados na expansão da rede. A empresa encerrou junho com 1.112 farmácias em operação.

Bandeira da Alemanha
O governo da chanceler alemã, Angela Merkel, lançou desde março uma série de medidas de resgate e estímulo (Imagem: Pixabay)

4 – Vendas no varejo fracas na Alemanha

As vendas no varejo alemão caíram inesperadamente em julho, mostraram dados nesta quarta-feira, frustrando as esperanças de que os gastos das famílias na maior economia da Europa levariam a uma forte recuperação no terceiro trimestre do choque do coronavírus .

O governo da chanceler alemã, Angela Merkel, lançou desde março uma série de medidas de resgate e estímulo — financiadas com um empréstimo recorde de 217,8 bilhões de euros — para ajudar empresas e consumidores a saírem da crise.

5 – Fed diz que economia dos EUA precisará de suporte sustentado

economia dos Estados Unidos precisará de suporte sustentado conforme enfrenta a desaceleração da recuperação do mercado de trabalho, afirmou o presidente do Federal Reserve de Richmond, Tom Barkin, em entrevista ao jornal Wall Street Journal nesta quarta-feira.

Barkin afirmou que a recuperação do mercado de trabalho tem sido mais lenta do que ele esperava porque o coronavírus se mostrou mais difícil de conter do que o esperado.

 

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