O que está mexendo com o Ibovespa nesta tarde? Veja as principais notícias
1. Bolsas dos EUA abrem o dia com viés positivo
A bolsa paulista mostrava viés levemente negativo nesta quarta-feira (12), marcada por vencimento de contrato futuro do Ibovespa e tendo como pano de fundo trajetória positiva de praças acionárias no exterior e dos preços do petróleo.
Às 12h50, o Ibovespa caia 0,63%, a 101.527,2 pontos.
Os principais índices de Wall Street saltavam nesta quarta-feira, com o S&P 500 avançando em direção a uma máxima recorde em uma ampla recuperação liderada por ações de tecnologia, embora alguns investidores estivessem cautelosos devido a um impasse sobre o novo pacote norte-americano de alívio em resposta ao coronavírus.
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, disse que a Casa Branca e os principais democratas do Congresso podem não conseguir chegar a um acordo sobre o auxílio do coronavírus, marcando um quinto dia sem negociações enquanto o impasse impede alívio para dezenas de milhões de norte-americanos.
O S&P 500 está em alta de 1,02%. O Nasdaq foi o primeiro dos três principais índices a saltar para uma máxima de todos os tempos em junho. O Dow está cerca de 6% abaixo de seu pico de fevereiro, com queda de 0,52%.
2. Após baixas na equipe econômica, Bolsonaro diz que saída de auxiliares é “normal”
O presidente Jair Bolsonaro classificou como “normal” a saída de integrantes do governo de seus cargos, depois de os secretários de Desestatização, Salim Mattar, e de Desburocratização, Paulo Uebel, anunciarem suas saídas do Ministério da Economia, levando o ministro Paulo Guedes a admitir uma “debandada” em sua equipe.
Mattar e Uebel se tornaram os dois nomes mais recentes a deixar a pasta, após as saídas recentes de Mansueto Almeida, que ocupava o posto de secretário do Tesouro, e de Marcos Troyjo, que era secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais da pasta.
“Em todo o governo, pelo elevado nível de competência de seus quadros, é normal a saída de alguns para algo que melhor atenda suas justas ambições pessoais.
Todos os que nos deixam, voluntariamente, vão para uma outra atividade muito melhor”, escreveu Bolsonaro em sua conta no Facebook, ao lado de uma foto em que aparece acompanhado por Guedes e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.
3. Preços ao consumidor nos EUA sobem mais do que o esperado em julho
Os preços ao consumidor nos Estados Unidos aumentaram mais do que o esperado em julho, mas o alto nível de desemprego provavelmente manterá a inflação sob controle, permitindo com que o Federal Reserve continue injetando dinheiro na economia para ajudar na recuperação ante uma recessão causada pela Covid-19.
O Departamento do Trabalho afirmou nesta quarta-feira que o índice de preços ao consumidor subiu 0,6% no mês passado, após uma alta de 0,6% em junho.
Nos 12 meses encerrados em julho, o índice subiu 1,0%, ante avanço de 0,6% em junho. Economistas consultados pela Reuters previam que o índice subiria 0,3% em julho e avançaria 0,8% ano a ano.
4. China quer colocar WeChat e TikTok em mesa de negociação com EUA
Negociadores dos Estados Unidos e da China devem discutir a implementação do acordo comercial de primeira fase nos próximos dias.
E o governo de Pequim deve pressionar para que as recentes medidas contra negócios como TikTok e WeChat estejam na agenda.
Uma reunião virtual deve ocorrer nesta semana, embora a data não tenha sido definida, de acordo com pessoas a par dos preparativos para as negociações, que não quiseram ser identificadas.
Sete meses após a assinatura do acordo que suspendeu a guerra tarifária que abalou a economia global, as compras de bens dos EUA prometidas muito aquém da meta.
Com a crise de coronavírus e simultânea deterioração das relações EUA-China em várias frentes, desde segurança tecnológica até Hong Kong, o acordo comercial continua sendo uma das poucas áreas em que os governos de Washington e Pequim ainda estão cooperando.
A “única área em que estamos comprometidos é o comércio”, disse Larry Kudlow, principal assessor econômico de Trump, em conferência de imprensa na Casa Branca terça-feira. “Está tudo bem agora.” O Ministério de Comércio e o Ministério de Relações Exteriores da China não responderam imediatamente a pedidos de comentário por fax.
5. Guedes e Maia unem discursos em defesa do teto de gastos
O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidiram na terça-feira unificar o discurso em defesa da manutenção do teto de gastos, no momento em que parlamentares e integrantes do próprio governo dão sinais de que pretendem aumentar gastos públicos após a pandemia do novo coronavírus.
“Não haverá nenhum apoio do Ministério da Economia a fura-tetos. Se tiver ministro fura-teto, eu vou brigar com o ministro fura-teto”, disse Guedes, em entrevista coletiva após se reunir com Maia e o líder do centrão, Arthur Lira (PP-AL), chegando a citar as pastas do Desenvolvimento Regional, comandada por Rogério Marinho, e da Infraestrutura, de Tarcísio Freitas.
“Se o presidente quiser se reeleito nós temos que nos comportar dentro do Orçamento, fazer a coisa certa, enfrentando os desafios de reforma. Essa é a forma pela qual um governo pode dar certo e merece ser reeleito”, acrescentou.
Ao traçar um paralelo com a situação que levou à queda da presidente Dilma Rousseff, o ministro da Economia disse que não se pode esquecer que a insistência em manter despesas extraordinárias no passado levou a um buraco fiscal e a um impeachment por “irresponsabilidade fiscal”.
“Como é que vai dar certo agora fazendo a mesma coisa errada?”, questionou.